Esta é a segunda parte de ‘Os injustiçados, os arrependidos e os resistentes: quando o passado é carregado de opróbrio‘ de Maria Cláudia Badan Ribeiro. O texto está dividido em três:
Quando o passado é carregado de opróbrio (parte um)
Ressalvas importantes (parte três)
Se a radiografia da ditadura foi produzida nos últimos anos e a ideia da memória, da verdade e da justiça estiveram no bojo da criação da Comissão de Anistia e da Comissão Nacional da Verdade, hoje se pretende realizar a radiografia dos movimentos armados daqueles anos.
O livro de Lucas Ferraz pretende fazer ‘justiça’ àqueles que foram “abandonados” pelo Estado brasileiro, baseando-se na presunção da inocência de militantes mortos pelos seus companheiros. Ferraz pretende alertar a opinião pública de que houve outras vítimas, começando por aquelas que a guerrilha produziu em seu próprio meio.
Ao se deter sobre os “crimes” da guerrilha, o autor aponta para uma responsabilidade ético-política que é autônoma da cena judicial e não pode deixar de se vincular ao discurso jurídico dos crimes comuns. Nos encontramos assim diante de uma retórica que contribui para despolitizar e desqualificar as ações guerrilheiras por meio de sua criminalização.
Quando elegemos outro terreno para o mesmo debate da mesma questão, o confronto de ideias sai enriquecido, na medida em que são incluídas outras motivações éticas em seu específico contexto histórico, político e cultural.
A necessidade do autor em estabelecer uma “memória justa” leva-o a considerar que o esquecimento das mortes causadas pela guerrilha serviu de suporte para se construir uma memória unificada em torno do terrorismo de Estado. Somos levados a considerar então o “terrorismo de esquerda” como “vitimário”, aquele a que se referiu o ex-presidente Jair Bolsonaro quando disse: “muito fácil culpar os militares por tudo o que acontece. Até porque ninguém duvida, todo mundo tem certeza, que havia justiçamentos. As pessoas da própria esquerda, quando desconfiavam de alguém, simplesmente executavam”.
Como Ferraz afirmou em algumas passagens, lançando mão do mesmo argumento sustentado por Bolsonaro: “quem quer que fosse considerado traidor, tornava-se um risco à própria causa”.
“A justiça revolucionária, o assassinato, era a pena mais comum, mas não a única”.
“O julgamento fazia parte da cultura revolucionária e sua dimensão era ampla”. O mesmo defendeu o Correio da Manhã da época em manchete de 16 de abril de 1971, afirmando que “os maus brasileiros” provocavam “homicídios em massa”, que, na resistência armada, imperava o sentimento de banditismo, e para a guerrilha vidas não tinham valor.
“A morte de Marcio Leite Toledo, bem demonstra a que ponto podem chegar os terroristas. Nem mesmo os seus próprios companheiros são poupados. As autoridades acham que vários homicídios sem solução são praticados por terroristas contra seus membros, que passam a divergir de sua orientação. A descoberta de ossadas humanas em lugares ermos é –para as autoridades de segurança – consequência dos atos praticados por esses profissionais”.
Se procedesse a uma análise profunda dos casos de justiçamento, Ferraz compreenderia que a Justiça revolucionária pouco atuou, que nem todos foram justiçados, alguns outros foram expulsos ou enviados para fora do Brasil, outros, que atuavam legalmente em ações clandestinas, puderam voltar às suas vidas legais.
Como disse Rômulo Noronha: “o que chegou para nós na prisão, foi que as alternativas no caso Marcio estavam esgotadas, e que ele havia rejeitado todas elas”.
Embora Ferraz se refira à dimensão restrita da guerrilha armada, colocando em sua conta apenas os militantes de linha de frente das ações armadas – cerca 1.500 militantes – omitindo todos os que fizeram parte da ampla rede de apoio e logística, o autor se equivoca ao defender a dimensão ampla desta Justiça revolucionária, de alcance muito restrito, nem sempre obedecendo ao mini Manual do Guerrilheiro Urbano de Carlos Marighella.
Se toda confissão obtida mediante tortura se configurasse em ato de traição, e se a máxima “olho por olho, dente por dente” prevalecesse, não sobraria mais ninguém. Aliás, os relatórios de queda produzidos pelos presos políticos mostram que a organização não cumpriu um papel de termidor ético ao controlar o grau de sigilo das informações “repassadas” à repressão. A própria abolição da cápsula de cianureto por Clemente comprova isso.
A desconfiança ou a “síndrome de Severino” não se alastrou de maneira indiscriminada na Ação Libertadora Nacional (ALN). O grau de informação era tão importante para os setores de inteligência da ditadura quanto as informações de posse dos militantes. A cartilha de Marighella, Se fores preso camarada, prometia ajudar. Para alguns ela surtiu efeito, para outros pouco serviu diante da selvageria levada a cabo pelos agentes da repressão. O justiçamento é que se configurou como um ato restrito. Como a tortura, não constava dos manuais.
Carlos Eugênio Paz afirmou em seu romance: “não podemos exigir que alguém aguente até a morte sem falar nada (…) sem deixar de compreender que abrir informações sob tortura, é limite de resistência (Paz, Carlos Eugênio. Viagem à Luta Armada, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996, p. 132).
Ele mesmo sempre reconheceu a confiança dos amigos que sob tortura não deram o seu nome, e nesse sentido ele foi a “derrota da ditadura” (trecho de fala de Antônio Roberto Espinosa em Codinome Clemente). Não foi essa a compreensão de Ferraz, para quem Carlos Eugênio não passou de uma figura presunçosa ao escapar ilesa das garras da repressão.
A dialética entre memória e esquecimento permite então evocar “os crimes” da guerrilha, suscitando não apenas o retorno do reprimido no imaginário coletivo, mas o crescimento de uma narrativa histórica neoconservadora sobre o passado recente, que serve de aríete para desacreditar o discurso da militância. Esta necessidade de “memória completa” segue os passos do revisionismo histórico.
O tema da violência revolucionária, antes restrita aos círculos minoritários, se tornou majoritária, sobretudo em meio a um governo que louvava a ditadura e a tortura. Violência que encontrou a sua justificativa, pois, afinal, os grupos armados também matavam.
Na ambição do autor em ser honesto com a história e escapar da teoria dos dois demônios, opera-se incontestavelmente uma diluição do conceito de vítima, mediante o esgarçamento das fronteiras entre a ditadura e as organizações armadas que emergiram naquele contexto histórico-social. Ferraz nega o antagonismo real, histórico e traça uma nova linha que tende a separar as chamadas “vítimas” da “patologia terrorista”.
A avaliação ética-política se converte em pura moral e a análise histórica da política armada é instrumentalizada para justificar uma caracterização quase patológica da subjetividade do combatente.
Esta narrativa da violência política, com a qual começamos a lidar, começa também a ser produzida na historiografia recente e nas diferentes formas de abordar e interpretar esse passado. Ganha relevo, então, a figura do militante não apenas como uma vítima da violência de Estado, nem como combatente que se insurgiu contra ela, mas como pária.
Nos últimos anos revisou-se a prática e os discursos guerrilheiros, mas poucos estudos foram realizados para mostrar como organizações de massa também respaldaram o seu funcionamento, o que rompe de certa forma com a dicotomia entre organizações armadas e movimentos sociais. Os historiadores raramente se debruçaram a esse respeito, destacando mais a incapacidade de atuação dos grupos armados diante do cerco militar, assolados pelo voluntarismo, pelo distanciamento das massas, e virtualmente esperando uma revolução que faltou ao encontro.
O que houve foi mais uma condenação moral da violência guerrilheira do que uma análise em torno de processos e rupturas. Me pergunto quais as consequências e interesses desta “nova agenda” para interpretar a violência política? Ao caracterizar-se também essa violência como irracional, atribui-se a ela um caráter único e extremo, a partir do qual se consolida o discurso da irracionalidade da cultura combatente. E, se não quisermos concordar com o maior traidor da história, Cabo Anselmo, sobre a existência dessa “luta irracional”, precisamos conferir inteligibilidade e consequência a todos os atos determinados pelas guerras, sem apontar para uma nivelação da violência política, defendendo a espiral da violência.
Como afirmou o militante Sílvio Mota, “apesar de vigorar na organização o centralismo da guerra, não eram abolidos o planejamento, o controle, a crítica e autocrítica”. (Mota, Silvio. Rebeldes. Fortaleza, Expressão Gráfica, 2009).
O texto de Ferraz é repleto de vontade normativa, porque a sua narrativa é conduzida sem a implícita contradição da vítima, pelo menos no que tange ao caso de Marcio Leite de Toledo. Antônio Pedroso Jr., o primeiro autor a se debruçar sobre essa história, na tentativa de resgatar a figura de Toledo, apresentou-nos, em verdade, a vulnerabilidade dele, o que, naquele contexto, pode ter selado o seu fim.
Ferraz não tratou das dúvidas que, desde 1968, pairavam sobre Marcio, quando sua morte fora “encomendada” pela ALN e ele afastado da organização por Marighella. Embora a versão de disputa pelo poder seja o ponto central do livro de Pedroso, o que também não corresponde à verdade, este autor traça um perfil instável de Marcio na militância. Para alguns da ALN, Márcio era “criador de caso”, ou irreverente demais, para uma época de fácil ruptura de confiança.
Há uma série de passagens sobre Márcio que não aparece no livro de Ferraz, o que impede de melhor compreendê-lo e esclarecer a situação limite então vivida pelo grupo revolucionário. O estilo panfletário de Pedroso, contudo, realizando, ele também, um julgamento implacável de Clemente, coloca-o não apenas em descrédito, mas desacredita a própria vítima.
Sem ouvir as ponderações de Clemente, Pedroso o apontou como o principal idealizador e artífice da execução de Márcio, difundindo que Clemente matava por divergências de ideias, que o grupo da ALN não tinha legitimidade – composto de cariocas que se auto proclamaram comandantes – e que o objetivo real de Clemente era dar um golpe para assumir o posto de direção. Chegou mesmo a classificar a morte de Márcio como crime torpe e a debochar de Clemente por suas “ações napoleônicas” e seu apelo futurista sobre o comportamento de Márcio.
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Corpos de guerrilheiros mortos no Araguaia, na década de 1970
Por outro lado, Pedroso não deixou de assinalar que Márcio era voluntarioso, que sua razão de viver era alimentar e provocar divergências e que o militante teve sua imagem comprometida por diversas vezes perante lideranças políticas, que viam como irreverentes e atípicas suas atitudes (como nos casos de Alexandre Von Baumgarten, informante do SNI, e Charles Chandler, colega de Márcio na Escola de Sociologia e Política).
Pedroso apresenta uma versão de que a cabeça de Márcio foi colocada a prêmio pelos cubanos, que ele “não cultivava a falsa modéstia”, e ainda que, concluído o curso em Cuba, “atribuía a si mesmo um papel estratégico na revolução”. Márcio, segundo Pedroso, teria confidenciado a um primo “que lutaria até o fim para assumir o comando da ALN” e para unificar a esquerda (informação corroborada por Ferraz).
Ficamos sabendo então que sua intenção era redimensionar os rumos da revolução, e que Márcio aguardava ansioso a chegada de militantes do exterior para formar uma nova organização ou buscar abrigo em outro grupo revolucionário. Teria procurado, por exemplo, o Capitão Lamarca. (Junior, Antônio Pedroso. Márcio, o guerrilheiro. Rio de Janeiro: Papel Virtual Editora, 2003).
Não tenciono desqualificar a vítima, e não estou aqui defendendo um justiçamento. A palavra justiçamento não foi empregada com tanta frequência como sugeriu Ferraz, mas tentou justificar o controle e a segurança internos das organizações, com base no princípio do apavoramento e do “exemplo”. Vendo com os olhos de hoje tudo parece estranho. Mas não era assim para os militantes.
Ferraz parece ter associado a militância armada à escatologia. Perpassa o texto uma ideia de vitalismo, de ação pela ação, de desmesura da violência política, que os termos usados pelo jornalista não deixam de corroborar: pacto de sangue, máquina de matar, surto armado, isca, militantes abatidos, facção, judas da guerrilha, debandar, fase terminal, ações de vingança, jovens despreparados. Militantes que alucinam e se apavoram. Pessoas que deliram. O autor despolitiza as formas de luta, reduzidas que são por ele à irracionalidade e à loucura de um punhado de militantes.
Quando se abordam processos históricos complexos é imperioso fazer mais do que apelar a esta “história exemplar”, e não se restringir a casos muito particulares para ilustrar uma teoria pré-concebida.
Ferraz retira do universo simbólico o fenômeno que pretende estudar. Tendemos a acreditar neste “culto da morte” abstrato como se tratasse de um recurso essencial e monolítico da guerrilha, em que elementos impulsivos levassem à morte, e os militantes estivessem tomados deste “arrebatamento” da violência política e embriagados pelo gosto estranho da tanatonomia. O que há é uma arqueologia do excesso visando despolitizar e despojar os fatos da guerrilha da racionalidade política. O militante profissionalizado seria então aquele identificado com a ditadura, ou que dela se avizinhasse. A subjetividade guerrilheira encontra assim seu fim: ou ela é suicídio ou é homicídio.
No livro de Ferraz desaparece a dialética do enfrentamento. Os casos de justiçamento são utilizados como resultantes de uma tendência mais geral da luta armada, sem a devida preocupação com o contexto histórico e organizacional. Para além da intenção de reconstruir os casos para a imprensa, parece ter havido uma renúncia ao equacionamento histórico dos fatos.
No subtexto do autor o que se espera é uma narração exemplar, que faça parte da refundação democrática brasileira e assinale uma fronteira imaginária ante àquela e os anti-valores da violência. As experiências, na realidade, foram tão contíguas como antagônicas da esquerda à direita do campo político.
Os primeiros balanços feitos após o fim da luta armada sempre partiram do universo político. O que foi feito com ele? Na atualidade, se as perguntas são políticas e remontam ao passado militante, elas também abrem a porta àquelas lógicas binárias que separam a política da violência, o consenso do autoritarismo e a democracia da ditadura.
A disposição de matar e morrer não transcendeu a dimensão da guerrilha. A violência passa pela constituição de um território determinado. Ela não resultou em matança deliberada. Não temos dois demônios, reflexos um do outro: a repressão do Estado e a guerrilha.
Carlos Eugênio Paz não se arrependeu do que viveu. Ao dizer isso, não defendeu a morte, nem fez apologia à violência. Teve a lucidez de enfrentar seu passado e de assumir responsabilidades, rompendo o pacto de silêncio estabelecido pelo próprio manual da resistência. Não queria que a sua história sucumbisse à mentira, à desonestidade ou se sujeitasse até à auto complacência. Sabia que ao relatar o que revelou, seria crucificado. Como de fato ocorreu por parte de alguns companheiros de armas, que o ameaçaram ou foram aos jornais para dizer que a voz de um drogado não tinha nenhuma credibilidade. Nem depois de morto o deixaram quieto, atribuindo-lhe a morte de Fernando Santa Cruz, numa descarada fake news.
Por que Carlos Eugênio Paz resolveu contar o que contou? Há uma política armada em toda essa história, mas há também uma política de sentimentos nesse cruzamento entre o político, o ético e o emocional. Uma alquimia entre a generosidade e a violência, entre o sonho utópico e as formas de luta concretas e impiedosas. A guerrilha não foi uma fantasia imaginária. Ela foi enfrentar concretamente os extremos. E Clemente viveu estes extremos.
A noção de humano em Clemente desvaneceu. Pela sua luta aguerrida, pela morte imposta. Ele seguiu só com seu violão. Foi o herói vivo, mas foi também o herói morto. Morto simbolicamente pela ditadura e pelos dólares que sua cabeça valia, morto também pela esquerda brasileira, por não se “ajustar” inteiramente a ela ou por discordar de seus rumos. Num dia de forte emoção chorou comigo, acusando esta profunda solidão. Mas ele deixou como herança a esperança. Sabia que sua experiência serviria de algo, ao menos para evitar que os mesmos atos de que tomou parte voltassem a ocorrer, como, por exemplo, marcar a morte de alguém. Para ele a luta não era incompatível com a vida, embora um revolucionário tivesse que enfrentar os dilemas de morte.
Clemente viveu suas verdades, e não deixou de ser Clemente por toda a sua vida. E é isso que importa.
E a estigmatização…
Ferraz compreendeu bem pouco a militância e incidiu na estigmatização. Como o jornalista Expedito Filho escreveu na revista Veja, Clemente é o personagem mais interessante da guerrilha urbana, porém o menos estudado. Eu acrescentaria que ele permanece sendo até hoje o menos estudado e o mais perseguido. Porque contou a verdade.
E, como afirmou Ferraz, parafraseando os clássicos, “a verdade é revolucionária”.
Carlos Eugênio Paz botou seu bloco na rua. Quem ousaria como ele?
“(…) gostaria de ser tão compreendido por meus pares, por minha geração, que é linda, mas perdoa mais facilmente os inimigos que compreende os companheiros. Vivi o início da luta, quando caminhávamos com flores nas mãos em direção ao poder, sobrevivi (peço que parem de me culpar por isso), e vivi o meio e o fim. Vivi cercado, vivi um ‘tempo de guerra, um tempo sem sol’ (obrigado, Guarnieri), vivi um tempo em que sair nas ruas era tiroteio na certa. Falo de 1969, 1970, 1971, 1972 e 1973. Minha mãe, também militante da ALN, viveu e foi presa em 1974. Foi torturada pelo Fleury, pela sua equipe toda (…). Manteve a dignidade. Mantivemos a dignidade. Sou um sanguinário. Tenho sangue em minhas mãos? É claro que tenho. Não era para lutar? Não era para fazer uma guerra de guerrilhas? Dá para medir quem estava mais certo? Todos estávamos errados, pois fomos todos derrotados. Perdemos a guerra e perdemos juntos. E quem não tem sangue nas mãos, que louve a cada dia que restar de suas vidas, não ter de conviver com isso. (…). Eu e meus companheiros que estivemos na linha de frente não o fizemos por sermos doidivanas aventureiros. Pegamos em armas e fomos para a linha de frente porque havia grande parte de uma geração que defendia isso, que pregava isso. Os sonhos que sonhamos juntos eram feitos de generosidade, de beleza, de compartilhamento, de dedicação, de criatividade, de desprendimento, de poesia, mas também de sangue. Será isso um crime? Será um crime não estar nas estatísticas? Pois vale lembrar que não contamos nunca os sobreviventes”. (Carlos Eugênio Paz, Clemente, novembro de 2008).
(*) Maria Cláudia Badan Ribeiro é historiadora e viúva de Carlos Eugênio Paz (Clemente). Autora de Mulheres na Luta Armada: protagonismo feminino na Ação Libertadora Nacional (ALN) (Alameda Editorial).
(*) Leia as partes um e três do texto de Maria Cláudia Badan Ribeiro.