Em Israel, um ministro cada vez mais constrangedor, Itamar Ben Gvir, supremacista judeu e racista declarado, está à frente da pasta de Segurança Nacional desde o início do ano. No entanto, nesta semana, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mais uma vez o manteve fora de uma consulta. Uma decisão muito comentada pela mídia local.
Em Israel, os opositores do ministro o chamam de “palhaço do TikTok”, porque Itamar Ben Gvir é fã dessa rede social. É nessa plataforma que ele regularmente exala sua raiva e ódio contra todos aqueles que não compartilham de suas opiniões.
Autoridades da imprensa israelense, falando sob condição de anonimato, não medem suas palavras. Itamar Ben Gvir é descrito como um personagem “infantil” que não entende nada de política governamental e está sempre “em conflito”. Seus motivos são populistas. “Seu único objetivo é impor cada vez mais restrições e repressão aos palestinos”, diz uma fonte de um jornal israelense.
Gabinete do premiê tenta acalmar os ânimos
Essa não é a primeira vez que Benjamin Netanyahu o exclui de uma reunião do gabinete de segurança. Nos últimos meses, Ben Gvir foi até acusado de vazar informações confidenciais. Portanto, para o primeiro-ministro, correr o menor risco com ele está fora de questão.
Wikicommons
Nos últimos meses, Ben Gvir foi acusado de vazar informações confidenciais
No entanto, o gabinete de Benjamin Netanyahu está tentando acalmar os ânimos. “Itamar Ben Gvir não foi convidado para a reunião, pois se tratava de uma questão de política externa”, explica um comunicado oficial à imprensa.
Na mídia israelense, a especulação é grande. “O abismo está aumentando entre os dois homens”, escreveu um jornal israelense. Mas o primeiro-ministro não tem escolha, já que seu governo está parcialmente baseado em uma aliança com Itamar Ben Gvir, o “palhaço do TikTok”.