Uma equipe de arqueólogos descobriu uma nova sala do Domus Aurea, o imenso complexo palaciano do imperador Nero, da Roma Antiga, um quarto decorado com afrescos de uma esfinge, centauros e outras figuras reais e mitológicas, que permaneceu oculto durante os últimos dois mil anos e está sendo chamado de “A Sala da Esfinge”.
Os especialistas tiveram acesso pela primeira vez a esse salão, do qual só é possível apreciar a parte alta, pois a inferior está enterrada por sedimentos acumulados, segundo informou nesta quarta-feira (08/05) o Parque Arqueológico do Coliseu, em Roma, na Itália, ao qual pertence o Domus Aurea.
Trata-se de um salão com teto em formato de abóbada, bem conservado e ricamente decorado, com imagens em vermelho sobre fundo branco que contêm figuras mitológicas pintadas com intensas cores no interior.
Uma delas representa um guerreiro armado com espada, escudo e uma aljava para transportar flechas lutando contra uma pantera, e também há representações de centauros e do fauno Pã, a divindade silvestre e dos pastores na mitologia grega.
Além disso, as paredes mostram criaturas aquáticas reais e fantásticas, uma paisagem com pássaros, desenhos de colunas, todos decorados com motivos de plantas, guirlandas e tons de cores como verde, amarelo e vermelho.
No entanto, a pintura mais representativa é a que precisamente deu nome ao quarto, uma esfinge solitária que se ergue sobre o que parece ser um “bétilo”, um objeto sacro de forma cônica.
Essas figuras são típicas daquela época, com as quais os romanos decoravam as edificações e se repetem em outros lugares do Domus, cuja construção foi ordenada por Nero, imperador da dinastia Júlio-Claudiana após o incêndio destruidor de 64 d.C sobre o Monte Ópio em Roma.
A diretora do Parque Arqueológico do Coliseu, Alfonsina Russo, comemorou a descoberta, ao considerar que a mesma servirá para “narrar a atmosfera dos primeiros anos do principado de Nero”, um dos imperadores mais míticos da Roma Antiga, que reinou até sua morte no ano de 68 d.C.
Ufficio Stampa Parco Archeologico/EFE
Paredes mostram criaturas aquáticas reais e fantásticas, uma paisagem com pássaros, desenhos de colunas e outros