Autoridades egípcias apresentaram, nesta quinta-feira (26/01), quatro tumbas de faraós e uma múmia de mais de quatro mil anos. As descobertas foram feitas na necrópole de Sacará, perto do Cairo, no sítio arqueológico conhecido pela famosa pirâmide do faraó Djoser, um dos monumentos mais antigos da humanidade.
As quatro tumbas foram atribuídas à quinta e sexta dinastias egípcias, entre os anos 2.500 e 2.100 antes da Era Cristã. O arqueólogo Zahi Hawass explicou à imprensa que ali foi enterrado Khnumdjedef, sumo sacerdote do faraó Unas, cuja pirâmide fica na mesma região.
Durante as escavações, com 15 metros de profundidade, os arqueólogos também encontraram um sarcófago de calcário em estado de conservação “exato” ao de “4.300 anos atrás”, informou Hawass. Quando o abriram, encontraram uma múmia coberta em ouro, “uma das mais antigas e mais bem conservadas”, disse o arqueólogo.
Patrimônio da Humanidade
A necrópole de Sacará, situada a pouco mais de 15 quilômetros ao sul das famosas pirâmides de Gizé, é considerada Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Charles J. Sharp
Pirâmide do faraó Djoser, um dos monumentos mais antigos da humanidade
Nos últimos meses, o Egito revelou ao mundo uma série de descobertas importantes, principalmente em Sacará, mas também em Luxor, no sul do país, onde o Ministério de Antiguidades informou, na última terça-feira (24/01), a descoberta de restos de uma “cidade romana inteira” que remonta aos primeiros séculos da Era Cristã.
Para alguns especialistas, no entanto, a sucessão de descobertas pode ter mais motivação política e econômica do que científica. O Egito, que tem 104 milhões de habitantes, vive uma grave crise e o setor de turismo, alimentado em parte por seus monumentos e relíquias arqueológicas, é um dos principais motores de sua economia.