Em um vídeo divulgado pelo gabinete presidencial nesta quinta-feira (11/01), o líder equatoriano Daniel Noboa declarou que já foram aprovados os projetos para a construção dos presídios de segurança máxima no Equador. Segundo o mandatário, eles serão desenvolvidos nas províncias de Pastaza e Santa Elena.
“Hoje executamos o Plano Fénix em todo o país, por meio das Forças Armadas e da Polícia Nacional”, disse Noboa, acrescentando que o país precisa de “uma limpeza urgente do sistema prisional equatoriano”, uma vez que quase 180 funcionários penitenciários foram feitos reféns pelos próprios presidiários.
A medida também é implementada pelo presidente após ter decretado ‘estado de guerra’ em território nacional e ter prometido combater a escalada de violência deflagrada por grupos criminosos recentemente.
O líder equatoriano ainda avaliou que o comportamento das facções decorre do “medo” que eles têm sobre as políticas de segurança que seu governo pretende implementar, e ressaltou que não vai deixar que “terroristas parem o país”.
Governo do Equador
Vídeo divulgado pelo gabinete presidencial mostra maquete de presídios e detalha mecanismos de segurança
De acordo com o vídeo, os centros de “privação de liberdade” que serão construídos pelos próximos meses contarão com diversos mecanismos de segurança.
Entre eles, os módulos de inibição de sinal de satélite, sistemas eletrônicos com tecnologia de ponta, controle de acesso digital e analógico, sistema triplo de segurança perimetral, autogeração elétrica e tratamento de água próprio.
As instalações prisionais terão espaço para até 736 presos e serão dividas em três módulos: de alta segurança, de segurança máxima e de segurança super máxima. No entanto, uma das características inéditas apresentadas pelo governo é que as celas serão monitoradas por guardas com seus rostos cobertos para garantir o anonimato.
“É o início de uma recuperação urgente do sistema penitenciário”, declarou Noboa, enfatizando a necessidade de “leis mais duras, juízes honestos e a possibilidade de extraditar criminosos procurados”.