Subiu para 92 o número de mortos em decorrência do terremoto que atingiu a costa oeste da região central do Japão, e 242 pessoas ainda seguem desaparecidas. As informações foram divulgadas pelas autoridades japonesas da prefeitura de Ishikawa, nesta sexta-feira (05/01). Anteriormente, as equipes responsáveis pelas buscas falavam em 48 mortes.
Passados quatro dias desde o registro dos abalos sísmicos, grupos de resgate relatam dificuldade em encontrar sobreviventes nos escombros, uma vez que as primeiras 72 horas de resgate são consideradas cruciais para achar pessoas ainda com vida.
Ao todo, foram registrados cerca de 200 tremores. No entanto, o epicentro do terremoto de magnitude 7.6 (na escala Richter) foi a costa da península de Noto. O impacto foi tão grande que os efeitos foram sentidos até em Tóquio, a quase 300 quilômetros de distância em linha reta.
O desastre causou destruições em várias cidades, o que deixou 30 mil habitantes sem energia elétrica e 90 mil sem acesso a água potável.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, chegou a considerar o tremor como o “desastre mais grave” no Japão na era Reiwa, iniciada em 2019, com a ascensão do imperador Naruhito.
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No Japão, sobe para 92 número de mortos e 242 seguem desaparecidos em decorrência do terremoto que atingiu a costa oeste do país
Na terça-feira (02/01), as autoridades japonesas suspenderam o alerta de tsunami emitido no dia do desastre, que afetaria a costa ocidental das ilhas de Honshu e Hokkaido, e do norte da ilha de Kyushu.
O governo do Japão também informou que não registrou nenhuma anormalidade nas usinas nucleares das zonas atingidas pelos tremores, nem nas estações próximas. Isso porque a Autoridade de Regulamentação Nuclear local já havia interrompido dois reatores para uma inspeção antes do terremoto.
Vale lembrar que, em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9 destruiu a principal fonte de energia da central nuclear de Fukushima Daiichi. O tsunami decorrente do tremor inundou os geradores de emergência, superaqueceu o combustível presente no material, o que causou várias explosões.
A emissão de fumaças liberou partículas radioativas, contaminando mais de mil quilômetros quadrados. Na ocasião, 160 mil moradores tiveram que deixar a região e cerca de 18 mil pessoas morreram.
(*) Com Ansa