O candidato à Presidência do Equador pela coalizão de esquerda União pela Esperança (Unes), Andrés Arauz, denunciou seu rival de direita, Guillermo Lasso, de conduzir o que chamou de “campanha suja” contra sua candidatura.
“A campanha suja de Guillermo Lasso está sendo financiada com o fruto de milhões de equatorianos do Banco de Guayaquil”, disse Arauz em postagens nas redes sociais nesta última semana.
Os dois se enfrentam no segundo turno das eleições presidenciais que ocorrem no próximo domingo (11/04). Arauz, que venceu o primeiro turno do pleito, disse que não entrará na “campanha suja” de Lasso, afirmando que estava desmentindo “grosseiras que foram difundidas nas redes sociais e que afetam os equatorianos”.
“Aqui necessitamos promover ideias, debates e propostas para o povo equatoriano que está passando por uma crise econômica e sanitária por conta da pandemia da covid-19”, afirmou.
Após o candidato correísta acusar “campanha suja” de Lasso, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, Diana Atamaint, lamentou nesta terça-feira (06/04) o aumento da circulação de “informações falsas”.
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Andrés Arauz (centro) venceu o primeiro turno do pleito e disse que não entrará na ‘campanha suja’ de seu rival
Para Atamaint, a condução de “campanhas sujas” no país não são somente ataques contra os candidatos que disputam a segunda volta, mas também “desinformações que causam danos à transparência da organização e do processo eleitoral”.
Segundo turno
O CNE confirmou oficialmente no final de fevereiro os candidatos Arauz e Lasso no segundo turno das eleições presidenciais do país.
Com todas as urnas apuradas, Arauz obteve 3.033.753 votos, 32,72%, se confirmando como vencedor do primeiro turno. Lasso, por sua vez, teve 1.830.045, 19,74%, enquanto Yaku Pérez, do partido indígena Pachakutik, recebeu 1.797.445 votos, 19,38%, permanecendo em terceiro lugar.
Candidato pelo partido indígena Pachakutik, Pérez chegou a liderar a disputa pela segunda vaga em momentos da apuração, mas perdeu a vantagem para Lasso na última semana.
Mesmo sem apresentar provas, Pérez afirmou que houve fraude nas eleições e pediu recontagens ao conselho. Arauz, candidato de esquerda apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa, foi o único que esteve confirmado no segundo turno desde que a apuração iniciou.