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Neste domingo (11/04), os equatorianos foram às urnas para escolher o novo presidente. O banqueiro Guillermo Lasso, do partido de direita Movimento CREO, venceu o segundo turno contra o progressista Andrés Arauz, da coalizão União pela Esperança (Unes), e foi eleito presidente do Equador. De acordo com o órgão eleitoral do país, a abstenção foi de 28,35%.
Os resultados preliminares mais recentes da apuração das atas, segundo o Conselho Nacional Eleitoral do Equador, são os seguintes:
As pesquisas de boca de urna divergiram. Enquanto o Instituto Clima Social apontou que os dois estavam empatados – e, segundo Arauz, com uma vantagem de 1,6 ponto percentual para ele, o instituto Cedatos disse que Lasso venceria a eleição com 53,24% dos votos, contra 46,76% de Arauz (uma diferença de 6,48 pontos percentuais). Em 2017, a Cedatos também deu a vitória de Lasso, com 53,02% dos votos, contra 46,98% do então candidato e hoje presidente Lenín Moreno. Moreno venceu a eleição com 51,16% dos sufrágios, contra 48,84% do banqueiro.
Mais cedo, no entanto, o ex-presidente Rafael Correa – que apoia Arauz – havia pedido “alerta máximo” por conta da pesquisa da Cedatos. “Estão preparando uma boca de urna fraudulenta da Cedatos para declarar Lasso ganhador, e o governo está pedindo aos meios que anunciem isso. Na realidade, Lasso perde com cerca de 300.000 votos. Se contam os votos bem, isso será claro”, afirmou.
Aqui nesta página, você pode acompanhar os números divulgados pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do país, a partir do escrutínio das atas. A presidente do órgão, Diana Adamant, promete um reporte de números consolidados para as 19h locais (21h em Brasília).
Como foi a votação no Equador
A votação no Equador, que vai definir o próximo presidente do país, ocorreu com tranquilidade. As urnas foram fechadas às 17h locais (19h em Brasília) e a apuração, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, começou na sequência.
No primeiro turno, após uma apuração lenta (levou duas semanas) e tensa, Arauz obteve 32,72% dos votos, se confirmando como vencedor; Lasso, por sua vez, obteve 19,74%.
CNE Ecuador
Equatorianos foram às urnas neste domingo para escolher o novo presidente
A disputa pela segunda vaga foi acirrada, já que Yaku Pérez, do partido indígena Pachakutik, recebeu 19,38% dos votos. Pérez chegou a liderar a disputa pela segunda vaga em momentos da apuração, mas perdeu a vantagem para Lasso na última semana. Com a pequena vantagem de Lasso, mesmo sem apresentar provas, Pérez afirmou que houve fraude nas eleições e pediu diversas recontagens de votos ao CNE.
Dessa vez, segundo Diana Adamant, presidente do CNE, não haverá contagem rápida – quando somente as atas com os números são avaliadas, a fim de dar uma previsão do que deverá ser o resultado final antes da apuração voto a voto.
Pesquisas de opinião indicavam liderança do candidato da Unes com até 37% das intenções de votos, enquanto o nome do CREO acumulava de 27% a 30%.
Ao votar, Arauz, candidato apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa, pediu união nacional. “Fazemos uma convocatória a essa unidade. Já basta de brigas, já basta de broncas; basta de cotoveladas como forma de fazer política. Os equatorianos queremos que haja um governo de unidade, que respeite a todos e não só a uns poucos; queremos um governo que atenda às maiorias, que dê soluções aos problemas; nós estamos aqui”, disse, em Quito.
Lasso, por sua vez, disse que aguardará os resultados com “calma e tranquilidade”. “Esperaremos com calma e tranquilidade em casa e, claro, respeitaremos os resultados do povo equatoriano que nos dará uma importante vitória nesta jornada”, afirmou, após votar em Guayaquil.