O ministro da Economia e candidato à Presidência da coligação União pela Pátria, Sergio Massa, afirmou que garantir a “igualdade de oportunidades” é uma das condições que “torna a Argentina grande”. Além disso, sustentou a ideia de que o país “se constrói com o coração” e “não com a venda de órgãos”, fazendo uma referência a Javier Milei, do Liberdade Avança, candidato ultraliberal concorrente para o segundo turno das eleições presidenciais que serão realizadas em 19 de novembro.
“Se há algo que torna a Argentina grande é a igualdade de oportunidades. É que o filho de um trabalhador ou de um desempregado possa sonhar em ser engenheiro, advogado ou presidente”, disse Massa na cidade de San Fernando, ao norte de Buenos Aires, onde foi acompanhado pelo prefeito Juan Andreotti, entre outros líderes políticos de seu partido.
Na madrugada de domingo (05/11), Massa conversou com centenas de moradores que se reuniram, aos quais afirmou que o objetivo do seu país é que meninas, meninos, adolescentes e jovens possam ir para a escola “com um computador na mochila pensando em crescer”:
“Por isso fale com seus filhos, com seus netos. Diga-lhes que um país não se constrói com a venda de órgãos, mas com o coração. A Argentina que vem se constrói com o coração”, afirmou o peronista, que se referiu a uma das propostas expressas por Milei a favor da promoção de um mercado de órgãos.
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Sergio Massa, candidato à presidência argentina pela coligação ”Unión por la Patria’, defende igualdade de oportunidades na Argentina
O peronista também disse que “em um país onde se quer privatizar” o sistema público de saúde, a sua candidatura propõe que ela seja gratuita “para que possam viver e ser cuidados”:
“Querem privatizar os trens, a água e os esgotos; a pavimentação das ruas. Mas, pior ainda, querem entregar as nossas Malvinas. As Malvinas estiveram, estão e estarão na Argentina”, assegurou.
O Ministro da Economia chegou a criticar o sistema de previdência ao mencionar que conheceu “alguns dos 20 mil aposentados que permanecem na Argentina” e que recebem seus benefícios das Administradoras de Fundos de Aposentadoria e Pensões (AFJP).
“Eles cobram entre 5 mil e 20 mil pesos. É isso que representa o sistema AFJP na Argentina”, explicou Massa, declarando que não deseja que “a AFJP volte à Argentina”.
“Queremos melhores pensões, mais medicamentos, mais proteção para os nossos aposentados, que são aqueles que trabalharam a vida inteira no sistema de reformas do nosso país”, indicou.
Para Massa, no dia 19 de novembro, quando será realizado o segundo turno das eleições, “serão definidas coisas muito importantes”. Ressaltou, entre elas, “se os trabalhadores têm direito a férias remuneradas ou não; se têm direito a indenização ou não; se têm ou não acordo coletivo de trabalho”.
“Queremos ser pátria, ser nação. Queremos a nossa moeda, as nossas Malvinas, o nosso hino e queremos a nossa bandeira”, concluiu o candidato à presidência.
(*) Com La Prensa