A Justiça da Bolívia determinou, nesta segunda-feira (07/09), que o ex-presidente Evo Morales não pode concorrer a uma vaga no Senado nas eleições de 18 de outubro.
A decisão do juiz Alfredo Jaimes Terrazas confirmou a impugnação da candidatura do ex-presidente, conforme determinação do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) feita em fevereiro.
Evo Morales está refugiado na Argentina após ser forçado a renunciar ao cargo de presidente do país em novembro do ano passado, em decorrência de um golpe de Estado.
Segundo a decisão do juiz, Morales não pode ser candidato ao Senado por seu partido Movimento ao Socialismo (MAS) por não morar há pelo menos dois anos em seu distrito eleitoral (Cochabamba) no momento do registro.
ABI
Justiça confirmou proibição de candidatura de Evo ao Senado
O seu partido, no entanto, argumenta que seus direitos foram violados e ele não deveria ser prejudicado por ter sido forçado a deixar a Bolívia.
Morales se pronunciou pelo Twitter. “Sob ameaças e pressões de processos, o julgador tomou uma decisão política ilegal e inconstitucional. A história demonstra que podem até inabilitar Evo, mas não poderão proscrever o povo. Acataremos esta decisão porque nosso compromisso e prioridade é que o povo saia da crise. Não cairemos em nenhuma provocação, o povo voltará a se governar, pacífica e democraticamente”, disse.
Na semana passada, a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, disse que Morales só deveria retornar ao país para ser julgado pelo o que acusou serem “abusos cometidos durante sua gestão”.
Bajo amenazas y presiones de procesos, el dirimidor tomó una decisión política ilegal e inconstitucional. La historia demuestra que podrán inhabilitar a Evo pero no podrán proscribir al pueblo.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) September 7, 2020