Depois de percorrer 5 mil quilômetros na Grécia, a chama olímpica fez a sua última escala no país, nesta sexta-feira (26/04). Primeiro, o fogo simbólico passou pelo emblemático sítio de Maratona, a 42 quilômetros da capital, antes de ser levada ao Estádio Panatenaico de Atenas, o mesmo que acolheu a primeira Olimpíada da era moderna, em 1896. Duas medalhistas francesas e dois atletas gregos participaram do último revezamento, e acenderam a pira na cerimônia em que a chama passa às mãos do presidente do Comitê Olímpico Francês, Tony Estanguet.
A cerimônia de entrega da chama Olímpica simboliza o momento em que o fogo simbólico é passado à delegação representante do país que irá acolher os próximos Jogos: a França. Ela marca o fim do revezamento da Tocha olímpica de 11 dias pela Grécia, que começou em 16 de abril, quando a chama de Paris 2024 foi acesa no sítio arqueológico de Olímpia: o berço dos antigos Jogos Olímpicos.
A patinadora no gelo Gabriella Papadakis, medalhista de ouro nos Jogos de Pequim 2022, e a ex-nadadora paraolímpica, Béatrice Hess, foram as atletas francesas escolhidas para a cerimônia de passagem da chama. Elas carregaram o fogo olímpico nos últimos metros do revezamento, no Estádio Panatenaico.
Os dois atletas gregos presentes são o especialista em caminhada e bicampeão europeu, Antigoni Ntrismpioti, e o capitão da seleção grega de polo aquático, Ioannis Fountoulis, medalhista de prata nos Jogos de Tóquio 2020, escolhido para acender a pira. É dela que a “alta sacerdotisa” acende uma tocha final, que é passada ao presidente do Comitê Olímpico Helênico, Spyros Capralos, que, por sua vez, a entrega ao presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris 2024, o ex-canoísta Tony Estanguet.
Durante a cerimônia, a cantora grega Nana Mouskouri cantou os hinos da França e da Grécia. A ministra do Esporte francesa, Amélie Oudéa-Castéra, e Pierre Rabadan, representante da Prefeitura de Paris, assistiram a cerimônia.
Viagem para a França
Acesa no dia 16 de abril em Olímpia, a chama olímpica, símbolo de unidade e paz, foi transportada por 600 pessoas que participaram do revezamento em ilhas e lugares históricos do olimpismo, incluindo o Rochedo da Acrópole de Atenas.
A partir de agora e pelos próximos meses, a chama dos Jogos Olímpicos Paris 2024 ficará aos cuidados dos organizadores franceses.
Terminada a cerimônia desta sexta-feira, ela seguirá para a Embaixada da França em Atenas antes de embarcar no veleiro Belém, no sábado (27/04) para cruzar o Mediterrâneo.
A tocha olímpica será levada ao grande porto de Pireu, perto da capital grega, onde embarcará a bordo da embarcação de três mastros, com destino ao sudeste da França. A chegada do Belém a Marselha está prevista para o dia 8 de maio, onde a chama deverá ser recebida por um público estimado em 150 mil pessoas.
O veleiro desfilará pelo porto de Marselha acompanhado por 1.024 barcos. Durante todo o dia, uma intensa programação será organizada em terra e no mar para celebrar a chegada da tocha olímpica à França. À noite, um concerto de dois rappers de Marselha, Soprano e Alonzo, encerrarão as festividades.
No dia 9 de maio, a chama olímpica iniciará o seu percurso em território francês. De Marselha, a tocha percorrerá a região sudoeste da França, até subir para a Bretanha, no noroeste, e embarcar de navio para as Antilhas. O retorno será para Nice, no sul, de onde seguirá pelas regiões sudeste e leste até chegar ao norte, antes de descer em direção à capital.
A famosa chama passará por 400 cidades e cinco departamentos ultramarinos franceses: Guadalupe, Martinica, Guiana Francesa, Polinésia e a Ilha da Reunião, para chegar a Paris no dia da cerimônia de abertura dos Jogos, em 26 de julho.