Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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O jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, afirmou neste sábado (14/10) que o governo brasileiro deveria apoiar a proposta da Rússia para um cessar-fogo em Gaza. 

Após o Conselho de Segurança das Nações Unidas terminar mais uma reunião sem acordo em relação à guerra de Israel contra os palestinos, Moscou foi na contramão do grupo e apresentou uma proposta, que pede um cessar-fogo humanitário em Gaza, liberação dos reféns que estão sob domínio do grupo islâmico Hamas, além de condenar todos os atos de violência contra civis

De acordo com o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, o país de Vladimir Putin não pode aceitar a falta de mobilidade do Conselho diante da crise no Oriente Médio. Ainda o representante russo disse que a região está à beira de uma guerra total e de uma catástrofe humanitária sem precedentes.

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Nesse sentido, para Altman, a proposta apresentada pela Rússia no Conselho de Segurança da ONU é o “único caminho para a paz”, logo seria positivo a diplomacia brasileira ” somar à proposta de Moscou”.

O fundador de Opera Mundi destacou ainda que, em relação à guerra de agressão movida por Israel contra os palestinos, o “principal destaque na diplomacia” é Putin. Isso por que, além de apresentar a “proposta concreta de cessar-fogo”, o líder russo já falou sobre a disposição da Rússia em mediar uma solução para o conflito entre Israel e Palestina, defendendo um Estado palestino independente, e comparou o cerco 'inaceitável' de Israel a Gaza ao de Leningrado na Segunda Guerra Mundial.

Fundador de Opera Mundi destacou resolução russa como 'único caminho para a paz', observando que texto fala em libertação dos reféns e criação de um Estado palestino

Israel Defense Forces/ Flickr

Para Breno Altman, resolução russa é ‘único caminho para a paz’

No entanto, segundo a coluna de Jamil Chade, no Uol, o Brasil propôs uma resolução alternativa ao da Rússia para um cessar-fogo. Ainda de acordo com Chade, o governo brasileiro sugeriu no Conselho de Segurança a criação de um corredor humanitário em Gaza e um “cessar-fogo capaz de permitir que civis sejam atendidos na região que vive uma crise sem precedentes em anos”.

A proposta russa não citava o grupo islâmico Hamas, algo que, segundo o jornalista, não agradou os governos de Reino Unido, Estados Unidos e aliados do Ocidente. Com isso, o Brasil apresentou um texto próprio que, em uma versão preliminar, condena os “ataques terroristas”.

Expectativa é que, com essa condenação, negociações aconteçam entre os governos para que uma votação ocorra em breve, a fim de que o documento seja aprovado.