Domingo, 18 de maio de 2025
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O ataque realizado pelas Forças Armadas de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) contra o território do Irã nesta sexta-feira (19/04) foi um dos temas comentados pelo chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, em sua entrevista para o canal russo RT News.

Segundo o chefe da diplomacia do Kremlin, as ações israelenses contra o território da República Islâmica visam “desviar a atenção mundial do que acontece atualmente na Faixa de Gaza”.

“O objetivo é fazer a comunidade internacional ver Teerã como uma ameaça nuclear, enquanto ocorre uma catástrofe humanitária nos territórios palestinos, a qual muitos especialistas consideram que se trata de um ‘genocídio’”, acrescentou o chanceler russo.

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As Forças Armadas de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) realizaram nesta mesma sexta um ataque com mísseis e drones contra o complexo nuclear do Irã, na província de Isfahan.

A ofensiva ocorreu nas primeiras horas da madrugada e teria sido a resposta prometida por Tel Aviv à ação semelhante impulsionada por Teerã no último sábado (13/04).

TASS
Lavrov afirmou que ‘o Irã não está buscando uma escalada do conflito’ com Israel

Segundo o canal Al Jazeera, do Catar, também foram registrados ataques contra o território da Síria – mais precisamente na província de As-Suwayda – e do Iraque – na província de Babil e em regiões próximas à capital Bagdá.

Ainda não há confirmação do envolvimento de Israel com os ataques a esses outros dois países, embora tenha acontecido simultaneamente à investida contra a instalação nuclear iraniana.

Lavrov também afirmou que “o Irã não está buscando uma escalada do conflito” com Israel, “mas, ao mesmo tempo, não pode deixar de responder a uma violação flagrante do direito internacional e do estatuto da missão diplomática”.

Ao falar do cenário mais amplo do conflito, o chanceler russo admitiu temer que os ataques desta sexta possam resultar em uma propagação do conflito por outros países da região.

“A situação é muito ruim. Todos queremos o fim da violência, a solução dos problemas humanitários, a normalização das relações em toda a região e, acima de tudo, queremos que os árabes tenham o poder de decidir sobre a iniciativa de criar Estado Palestino”, concluiu Lavrov.