Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (17/04) a imposição de novas sanções contra o Irã depois do ataque de drones e mísseis deflagrados contra Israel no último fim de semana. A informação foi divulgada pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.
“Após o ataque sem precedentes do Irã a Israel, o presidente Joe Biden coordenou com os aliados e parceiros do G7 para impor novas sanções”, diz a nota.
Segundo Sullivan, as medidas visarão particularmente “o programa de mísseis e drones, entidades que apoiam o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica e o Ministério da Defesa iraniano”.
Além disso, os EUA “continuarão a trabalhar em todo o Departamento de Defesa e no Comando Central para fortalecer e expandir ainda mais a defesa aérea e antimísseis em todo o Oriente Médio” e não “hesitarão em tomar medidas, em coordenação com aliados e parceiros em todo o mundo, responsabilizar o governo iraniano pelas suas ações prejudiciais e desestabilizadoras”.
O anúncio é feito no dia em que o presidente de Israel, Isaac Herzog, reuniu-se com os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Barbock, e do Reino Unido, David Cameron, que chegaram ao país para discutir a situação no território, e agradeceu “pelo apoio dado ao país em relação ao repreensível ataque do Irã”.
Na ocasião, o chanceler britânico pediu que o G7 impusesse “sanções coordenadas” contra o Irã após o ataque.
Após a ofensiva do último fim de semana, um funcionário do governo norte-americano disse que a resposta de Israel a Teerã, ainda não divulgada, incluirá “um ataque limitado” ao território iraniano.
Por isso, mais cedo, Irã evacuou completamente algumas das suas bases na Síria, enquanto outras serão evacuadas apenas à noite, quando Teerã teme que seja mais provável que ocorra um ataque israelense, informou o jornal norte-americano Wall Street Journal, citando fontes locais.
De acordo com a publicação, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica adotou “medidas de emergência” para as suas instalações em toda a Síria. As fontes destacaram ainda que apenas alguns membros permaneceram para proteger os arsenais de armas, enquanto a maioria foi evacuado.
(*) Com Ansa