Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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O ex-conselheiro do Pentágono advertiu neste domingo (07/04) que os Estados Unidos devem parar de intervir em países estrangeiros com o objetivo de expandir sua influência política. Douglas Macgregor, que é coronel aposentado do exército norte-americano e um dos principais críticos sobre o apoio do presidente Joe Biden à Ucrânia, no conflito com a Rússia, classificou as ações da Casa Branca nas duas últimas décadas como “estúpidas”.

“Precisamos parar de marchar para outros países e tentar forçar as pessoas a se tornarem como nós”, disse o antigo funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, por meio da plataforma X, acrescentando que, por essa conduta, o país sofreu um prejuízo de 14 trilhões de dólares (aproximadamente 70,9 trilhões em reais) em 20 anos.

Ainda nesta segunda-feira (08/04), Macgregor ressaltou a necessidade do país em “voltar para casa” e se organizar uma vez que “a guerra não é a resposta para todos os problemas da política externa”.

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Wikimedia Commons/BMG-2048
Ex-conselheiro do Pentágono, Douglas MacGregor, é um dos principais críticos do apoio de Joe Biden à Ucrânia, na guerra contra a Rússia

Na semana anterior, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, indicou que o apoio norte-americano à adesão da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) permanece firme. A declaração foi dada na cúpula do 75º aniversário da aliança militar, na cidade belga de Bruxelas.

“A Ucrânia se tornará uma integrante da Otan. Nosso objetivo na cúpula é ajudar a construir uma ponte para essa adesão”, disse Blinken à imprensa.

O chefe da diplomacia norte-americana ainda afirmou que a OTAN, liderada por Washington, é um bloco defensivo que não tem “planos” para tomar o território de qualquer outro país do mundo. No entanto, vale lembrar que ao longo de seus 75 anos de história, o organismo realizou uma série de ataques militares e intervenções em países como Líbia, Iugoslávia, Iraque e Afeganistão.

A aliança internacional também é conhecida por ter feito uma parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos para patrocinar a Operação Gladio, um programa secreto que apoiou paramilitares de extrema direita em toda a Europa.

Em março, a missão diplomática russa na Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou uma reunião do Conselho de Segurança para marcar o 25º aniversário da campanha de bombardeios realizada pela OTAN contra a Iugoslávia durante a Guerra do Kosovo em 1999.

Várias nações aliadas à Casa Branca apresentaram objeções à reunião proposta, afirmando não ser um tópico relevante o suficiente para se incluir na agenda do Conselho de Segurança sob a categoria “ameaças à paz e à segurança internacionais”.

(*) Com Sputnik News