Terça-feira, 17 de junho de 2025
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Sobre o desfile da Mangueira, eu gostaria de destacar o impacto que me causou a madrinha da bateria não sambar.

Todos sabemos que a bateria é “o coração da escola”, e o coração da Mangueira e do Rio de Janeiro se confundem. Não é preciso ser mangueirense para reconhecer.

E Evelyn, majestosa sambista, não sambou, como quem faz um prolongado minuto de silêncio por todas as nossas perdas.

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À frente de uma bateria que incorporava a brutalidade do exército romano, também vestida de negras balaclavas como imagem letal da polícia, Evelyn não sambou.

Se a madrinha da Mangueira não samba é porque, apesar do carnaval, há muito luto, e apesar de tanto luto… ah, o carnaval!

Até agora não sei dizer se o não-samba da madrinha é o coração que se sente parar quando a polícia sobe o morro ou o coração que teima em bater no compasso da Surdo Um toda vez que a Mangueira conta a nossa história.

Evelyn guerreira, corajosa Estação Primeira, parabéns. E muito obrigada.

Porque madrinha é madrinha, né, meus bacanos?

Se a madrinha da Mangueira não samba é porque, apesar do carnaval, há muito luto, e apesar de tanto luto... ah, o carnaval!

Reprodução

Se a madrinha da Mangueira não samba é porque, apesar do carnaval, há muito luto, e apesar de tanto luto… ah, o carnaval!

*Publicado originalmente na página do Facebook da autora