'Volta da vitória
Chapas, primas
Guerreei com os manos
Triunfamos
Guerreei com as minas
É a volta da vitória'
Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto para seu terceiro mandato há uma semana. Sem violência, interrupções ou ameaças externas. O que ocorreu naquele momento foi simples: a volta da vitória.
A expressão é tirada de uma música do rapper Don L, que, lançada no ano passado antes das eleições presidenciais que iriam coroar Lula e dar uma passagem aos Estados Unidos para o agora ex-presidente Jair Bolsonaro, traduz em si a luta contra o obscurantismo que o Brasil viveu nos últimos seis anos.
Sem imaginar, ou talvez sim, a música ecoou como um hino quando em 30 de outubro Lula se consagrou pela terceira vez presidente: triunfamos, como diz um dos versos.
Desde então, aliado ao sentimento de voltar a nutrir esperança, “volta da vitória” entrou nas minhas playlists de forma natural, como se tivesse noção que em breve teria seu dia de reconhecimento. Até pensei que esse momento teria sido de fato o 30 de outubro, mas estava enganada.
Viradas de ano, geralmente, evocam esperanças. Podemos confessar que, desta vez, o sentimento evocado pareceu mais palpável, nada comparável aos idos de 2017 adiante.
A virada para 2023 teve um suspiro a mais: o dia de celebrar que vencemos. E aqui que meu engano com relação à música ficou evidente. A posse de Lula mostrou que o mar vermelho que invadiu a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios era composto por diversos “heróis pela liberdade”, como cita o som.
Som, aliás, que conseguiu traduzir cada desses heróis: famílias com pais, mães e seus filhos, tios e tias, avôs e avós, trabalhadores, militantes, personalidades políticas, descendestes de sonhos que nunca envelhecem.
O vermelho resistiu e retornou abraçando a bandeira do Brasil como se soubesse, assim como Don L e eu, que esse dia viria. Além da renovação da esperança, havia uma sensação que rondou Brasília em 01 de janeiro de 2023: voltamos para ficar e bora nessa.
'Lutar do lado errado é já perder a guerra
Do lado certo a gente vence mesmo quando perde
E quando vence, vence duas vezes
Triunfamos e eles terão que retroceder
Novo alvorecer e agora terão que reconhecer
A volta da vitória'
Crédito: Fernanda Forgerini
Crédito: Fernanda Forgerini
Crédito: Fernanda Forgerini
Crédito: Fernanda Forgerini
Crédito: Fernanda Forgerini
Crédito: Fernanda Forgerini