Os países do BRICS estão elaborando uma estratégia de ação em meio aos riscos para a economia global, que surgiram como resultado das grandes dívidas e déficits orçamentários dos países ocidentais, disse o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, em uma entrevista à Sputnik.
Segundo Siluanov, o planto antecipado decorre da falta de exposição de alguns assuntos econômicos por parte dos países Ocidentais, como ocorria no G8 – grupo que brevemente substituiu o hoje conhecido G7 em 2014, que contava com a Rússia como membroo antes da anexação da Crimeia em seu território.
“Nas reuniões dos ministros das Finanças no G8, os ocidentais não discutiam todas as questões com o lado russo. Havia uma agenda separada com a Rússia e uma agenda sem a Rússia. Não havia confiança total”, admitiu Siluanov, e referiu que nas reuniões do BRICS não existe essa separação.
“No BRICS tentamos coordenar nossas posições, participando do G20. Discutimos a economia global, os riscos associados às grandes dívidas dos países ocidentais, os déficits orçamentários, e desenvolvemos nossa própria estratégia de ação nessas condições”, observou o ministro russo.
Reunião dos ministros das finanças e dos chefes do Banco Central do BRICS será realizada nesta semana
Siluanov também ressaltou que mantém boas relações com seus homólogos da China e da Índia.
Neste contexto, a reunião dos ministros das finanças e dos chefes do Banco Central do BRICS no âmbito do G20 financeiro será realizada nesta semana em São Paulo, onde será oficialmente entregue a presidência anual da Rússia no bloco.
Durante a cúpula de 2023, foram convidados a Arábia Saudita, a Argentina, o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e o Irã, com Buenos Aires decidindo contra a iniciativa após o início do novo governo de Javier Milei em dezembro desse ano.
Com a adesão dos novos membros, o BRICS passou a incluir dez países, com uma população total de 3,6 bilhões de habitantes, quase metade do total mundial. Esses países são responsáveis por mais de 40% da produção mundial de petróleo e por cerca de um quarto das exportações mundiais de mercadorias.
(*) Com Sputniknews