A Polícia do Rio de Janeiro encontrou na noite desta quinta-feira (05/10) os corpos de quatro homens que seriam os assassinos dos três médicos – entre eles Diego Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) – mortos em um quiosque na orla da praia da Barra da Tijuca.
De acordo com a polícia, os corpos dos suspeitos foram encontrados pela Delegacia de Homicídios. Três deles estavam dentro de um carro na rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro, em Jacarepaguá. Outro corpo estava em um segundo veículo, na avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.
Até o momento, a polícia conseguiu identificar dois dos quatro corpos. Um deles é de Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk. Ele, que seria do Comando Vermelho, seria o autor da ordem do ataque contra os médicos. O segundo corpo é de Ryan Nunes de Almeida, que integrava o grupo liderado por Lesk, chamado de “Equipe Sombra”. Os corpos tinham ferimentos de disparos de arma de fogo e facadas.
Outros dois suspeitos de envolvimento no ataque aos médicos não estão entre os mortos, conforme apurou a investigação: Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW.
Twitter/Polícia Federal
Polícia suspeita que os médicos foram executados por engano na madrugada da última quarta-feira (04/10)
Assassinados em quiosque na praia
Diego e outros três médicos, Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos, e Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, foram vítimas de um ataque a tiros em um quiosque, na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
A Polícia suspeita que os médicos foram executados por engano na madrugada da última quarta-feira (04/10), quando confraternizavam em um quiosque em frente ao Hotel Windsor, que recebia um congresso de ortopedia.
De acordo com essa hipótese, os traficantes teriam confundido o médico Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, uma das vítimas do atentado, com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26.
No entanto, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), não pode ser descartada uma possível motivação política, dado que um dos médicos, Diego Ralf de Souza Bomfim, é irmão da deputada Sâmia Bomfim e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
Apesar das hipóteses de execução, segundo a Folha de S. Paulo, a outra irmã de Diego, Dayane Bomfim, pediu que o acontecido “não seja misturado com política”, alertando para que “comentários maldosos e fake news” também não sejam feitos.
Os corpos de dois dos médicos assassinados devem ser velados hoje no interior de São Paulo.
O médico ferido, que também foi vítima do ataque, está hospitalizado e foi submetido a uma cirurgia.
(*) Com Ansa