A retenção do brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, no aeroporto de Heathrow, em Londres, e as novas repercussões envolvendo espionagem ilegal das potências ocidentais foram destaque nesta semana em Opera Mundi. Greenwald é o responsável pela publicação de matérias com base em documentos vazados pelo ex-agente da NSA Edward Snowden.
Agência Efe
Miranda com Greenwald na chegada ao aeroporto do Rio de Janeiro; ele ficou detido em Londres durante nove horas
A ação do Reino Unido, condenada por ONGs como a Anistia Internacional, foi defendida pela polícia britânica, que afirmou que Miranda levava informações roubadas. No entanto, os advogados do brasileiro conseguiram uma vitória na Justiça britânica limitando o uso das informações apreendidas pela polícia. O Itamaraty tenta, sem sucesso, maiores explicações do governo britânico. Na “democracia britânica”, o jornal para o qual Greenwald trabalha, o Guardian, foi obrigado a destruir documentos sobre espionagem, após ser ameaçado pro agentes do governo.
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Ainda sobre espionagem, foi dada nos Estados Unidos a sentença do soldado Bradley Manning que vazou arquivos da diplomacia norte-americana para o Wikileaks: ele cumprirá 35 anos na cadeia – resultado foi considerado uma vitória tática da defesa, segundo o fundador do site, Julian Assange. No entanto, o que mais surpreendeu foi o de ter sido revelada a transsexualidade de Manning, que passou desde então a ser chamado de Chelsea.
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No Oriente Médio, a suspeita do uso de armas químicas na guerra civil na Síria provoca impasse no Conselho de Segurança da ONU. A França defende o uso da força, enquanto a Rússia denuncia “onda de propaganda anti-Síria”. O enviado das Nações Unidas ao país, Lakhdar Brahimi, afirma que o conflito é, atualmente, “a maior ameaça para a paz mundial”.
Ainda no Oriente Médio, mísseis foram lançados do Líbano para o norte de Israel, que, por sua vez, retaliou a o ataque. Israel continua, sigilosamente, negociando com os palestinos. No Egito, o ex-presidente Hosni Mubarak foi transferido para um hospital militar, onde continuará preso, e o país começou a sofrer um embargo militar por parte da UE.