Domingo, 22 de junho de 2025
APOIE
Menu

A Corte Constitucional do Equador rechaçou na noite desta quinta-feira (18/05) os recursos que questionavam o decreto de “morte cruzada” acionado pelo presidente Guillermo Lasso, mecanismo que dissolveu o Congresso e convoca novas eleições no país. 

Por unanimidade, a decisão da Corte dá aval à dissolução da Assembleia Nacional. O decreto de Lasso ocorreu na quarta-feira (17/05) para evitar um processo de impeachment contra ele

A medida está prevista na Constituição equatoriana e foi usada pela primeira vez.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

O órgão emitiu seis sentenças contrárias aos pedidos que alegavam ilegalidade do decreto, além de outros que pediam suspensão da “morte cruzada”

Segundo a Corte Constitucional, tanto o órgão, como qualquer outra autoridade jurídica do país, não têm “competência para se pronunciar sobre a verificação e motivação da causa de grave crise política e comoção interna, invocada pelo Presidente da República para dissolver Assembleia Nacional com base no artigo 148 da Constituição”. 

Por unanimidade, Corte Constitucional rechaçou pedidos de ilegalidade ou suspensão do decreto de Guillermo Lasso, que comemorou a decisão

Reprodução/ @LassoGuillermo

Lasso segue governando o Equador por meio de decretos até novas eleições no país

Isso porque, a “morte cruzada” pode ser decretada em três cenários: obstrução do Parlamento contra o governo “de forma injustificada e reiterada”, o Legislativo assumir funções que não lhe correspondam ou crise política e comoção nacional, como motivou Lasso.

Pelo Twitter, Lasso comemorou a decisão da Corte dizendo que o tribunal “ratifica minha decisão” conforme a Carta Magna do Equador.

O ex-banqueiro segue governando o país por meio de decretos até que uma nova eleição seja realizada. De acordo com a presidente da Conselho Nacional Eleitoral do Equador (CNE), Diana Atamaint, o órgão irá escolher um fim de semana de agosto para realizar o pleito

Existe uma proposta preliminar na qual a data do primeiro turno será em 20 de agosto, enquanto um possível segundo turno presidencial aconteceria em 15 de outubro. Contudo, a decisão só será tomada após debate entre todos os ministros do organismo.

A data exata da votação deve ser anunciada até a próxima quarta-feira (24/05).