Após o presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretar a “morte cruzada”, mecanismo que permite dissolver a Assembleia Nacional para, assim, novas eleições serem convocadas no país, nomes estão sendo divulgados para concorrer ao pleito.
O presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e principal líder dos protestos que pressionaram o governo Lasso em 2022, Leonidas Iza, concordou nesta quinta-feira (25/05) em ser candidato à Presidência nas eleições do país, a serem realizadas em agosto.
Iza foi designado como candidato presidencial pelo conselho ampliado da Conaie, apesar de sempre ter negado qualquer aspiração presidencial, e será lançado pelo partido Pachakutik.
? #URGENTE
Por decisión colectiva del consejo ampliado, el masivo apoyo de los pueblos, nacionalidades y sectores populares, @LeonidasIzaSal1 es
precandidato a la Presidencia del Ecuador, se oficializará
siempre y cuando:
– exista el registro y nombramiento inmediato del… pic.twitter.com/5JxuBPQUTu— CONAIE (@CONAIE_Ecuador) May 26, 2023
Além dele, Yaku Pérez, que foi candidato à Presidência nas eleições de 2021, também faz parte da lista de pré-candidatos e anunciou sua intenção de participar das eleições extraordinárias nesta quinta.
Pérez disse em coletiva de imprensa que tem uma “proposta diferente para oferecer, acima de tudo, sem demagogia” e vai concorrer ao cargo pela aliança Unidade Popular e Democracia Sim.
Já o empresário Daniel Noboa também anunciou sua candidatura à Presidência do Equador nesta semana. Ele afirmou sua intenção de concorrer ao pleito com seu próprio partido, Alternativa Democrática Nacional (ADN), por meio de um comunicado nas redes sociais.
Twitter/CONAIE
Iza foi designado como candidato presidencial pelo conselho ampliado da Conaie
Outros pré-candidatos anunciados são o ex-deputado Fernando Villavicencio, o empresário Jan Topic e o ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner, que atuou durante o mandato presidencial de Lenín Moreno (2017-2021).
Os eleitores do Equador também votarão para a renovação do Parlamento, com representantes que permanecerão no cargo até maio de 2025, para completar o mandato interrompido pela aplicação do mecanismo “morte cruzada“, decidido por Lasso, permitindo assim a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições no país.
Lasso utilizou a medida prevista na Constituição equatoriana um dia após o Congresso do país retomar seu processo de impeachment. Além disso, declarou ao jornal norte-americano The Washington Post, que não vai concorrer nas eleições.
A data das novas eleições no Equador foi anunciada nesta segunda-feira (23/05) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que estabeleceu o dia 20 de agosto para a realização do primeiro turno do pleito e, se necessário um segundo turno entre os dois candidatos mais votados a ser realizado no dia 15 de outubro.
(*) Com TeleSUR.