Centenas de pessoas em várias cidades do mundo realizaram no último domingo (26/02) manifestações de solidariedade a Cuba, exigindo o fim do bloqueio econômico e financeiro imposto pelos Estados Unidos (EUA) contra a ilha caribenha.
Como todo último domingo de cada mês, os manifestantes organizaram caravanas e outras ações para exigir a saída de Cuba de uma lista de nações que supostamente promovem o terrorismo, elaborada por Washington em 1962, e que intensificou as medidas coercitivas unilaterais aplicadas à ilha.
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou por meio das redes sociais que as “manifestações de solidariedade a Cuba e de condenação ao bloqueio econômico, que busca sem sucesso subjugar nosso povo, são comoventes e encorajadoras”.
“Nossa gratidão aos nossos amigos e compatriotas no exterior que exigem um mundo melhor sem bloqueio”, expressou o chefe de Estado.
Conmueven y alientan tantas demostraciones de solidaridad con #Cuba y de condena al bloqueo económico, que busca, sin éxito, doblegar a nuestro pueblo. Nuestra gratitud a los amigos y connacionales en el exterior que reclaman un mundo #MejorSinBloqueo. #MejorEsPosible https://t.co/LlbzZNwPZ3
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) February 26, 2023
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, por sua vez, afirmou que é “é impossível silenciar tantas vozes no mundo que apoiam nossa justa reivindicação de viver melhor sem o bloqueio”.
“Organizações de solidariedade, amigos e cubanos se mobilizam para denunciar esta política abusiva e criminosa que sufoca e castiga todo um povo”, disse o ministro das Relações Exteriores.
Twitter/Bruno Rodríguez P
Manifestação contra bloqueio norte-americano a Cuba, nos Estados Unidos
As ações de solidariedade com Cuba aconteceram em cidades dos Estados Unidos, como Miami, Seattle, Nova York e Minneapolis. Da mesma forma, as caravanas exigindo o fim do bloqueio norte-americano aconteceram em cidades de países como República Dominicana, Porto Rico, Panamá, Uruguai e Venezuela.
Cúpula de recuperação pós-pandemia
Também no domingo, o governo cubano informou que pretende denunciar a intensificação do bloqueio econômico norte-americano durante a pandemia do coronavírus conta a ilha na Cúpula do Grupo de Contato do Movimento dos Países Não Alinhados (NAM).
A cúpula será uma continuação de uma primeira reunião virtual de 2020, sob o lema: “Unidos contra a covid-19”, da qual participou o presidente cubano Miguel Díaz-Canel. A reunião aborda a recuperação pós-pandemia, e acontece na cidade de Baku, na República do Azerbaijão.
O país caribenho será representada pelo vice-presidente Salvador Valdés Mesa, que deve chegar à Baku nesta segunda-feira (27/02).
O comunicado de imprensa do governo Cubano indicou que a delegação do país também promoverá no encontro a exigência de que os países do Sul desenvolvam ações conjuntas para superar os efeitos multidimensionais da covid-19.
Além do vice-presidente, a comitiva é integrada pelo ministro da Saúde Pública, José Ángel Portal Miranda; o vice-ministro das Relações Exteriores, Anayansi Rodríguez Camejo; e o embaixador de Cuba no Azerbaijão, Carlos Valdés.
(*) Com TeleSUR