Um outdoor eletrônico na cidade de Caldwell, no Estado do Idaho, comparou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com James Holmes, homem acusado de matar 12 pessoas em um tiroteio em um cinema na cidade de Aurora, interior no estado do Colorado. O anúncio provocou revolta na comunidade local. As informações são do jornal local The Idaho Statesman e do site The Huffington Post.
Reprodução/Youtube
Outdoor com a comparação entre o acusado de matar 12 pessoas em um cinema e o presidente Obama.
A placa mostra uma foto de Holmes com a frase: “Mata 12 no cinema com um rifle de assalto; todo mundo fica com medo”. Ao lado, uma foto de Obama com a frase: “Mata milhares com sua política externa; ganha o Prêmio Nobel da Paz”.
O espaço publicitário é frequentemente utilizado para anunciar mensagens contra Barack Obama e é patrocinado pela Fundação Ralph Smeed. Acima das fotos do presidente e de Holmes está uma frase com os dizeres: “Fazendo o estatismo impopular”.
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Maurice Clements, membro da instituição e ex-deputado estadual, disse ao The Idaho Statesman que a mensagem é uma resposta ao que consideram ser uma “promessa quebrada” do líder democrata, que concorre à reeleição. Durante a campanha presidencial que o elegeu em 2008, Obama afirmou que iria trazer as tropas no Iraque e no Afeganistão de volta para o país.
A fundação Ralph Smeed milita pela causa autodenominada “libertária”, uma filosofia política radical que, em sua essência mais crua, prega o individualismo e a liberdade sem limite, refutando a intervenção do Estado, mesmo que em nome da sociedade ou de causas coletivas. O Estado nem mesmo seria o único provedor dos direitos de segurança, justiça ou vida. No entanto, se posiciona contra a guerra e a intervenção de um país nos assuntos de outros.
“Estamos ultrajados com as mortes em Aurora, mas não estamos ultrajados com os garotos mortos no Afeganisão”, disse Clements, acrescentando que o objetivo do protesto não é ligar Obama a Holmes, apenas comparar a reação da sociedade. “Não estamos dizendo que Obama é um lunático”, tentou remediar o militante.