As sanções impostas contra a Rússia também afetaram negativamente a UE (União Europeia), que perdeu 21 bilhões de euros (R$ 66,2 bilhões). É o que afirma o ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García Margallo, em declarações concedidas à imprensa nesta segunda-feira (09/02).
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Agência Efe
Comboio russo com ajuda humanitária enviado para o leste ucraniano
De acordo com o chefe da diplomacia espanhola, a reunião que será realizada na quarta-feira (11/02) entre os líderes de Rússia, Alemanha, França e Ucrânia é a “última oportunidade” para conseguir um acordo antes que a União Europeia aprove novas sanções.
“Estamos em uma situação extraordinariamente grave e, provavelmente, o acordo a que poderemos chegar é a última oportunidade antes de passar a um cenário no qual se concretaria um aumento das sanções”, afirmou Margallo.
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Ele sustentou ainda que a adoção de mais sanções teria um “custo severo” em todo o mundo. Na Espanha, os setores mais afetados pela medida são o agroalimentício e o turístico, mas a UE de forma geral já perdeu 21 bilhões de euros.
Carlos Latuff/Opera Mundi
Secretário de Estado, John Kerry, e militares norte-americanos estão ‘abertos’ à possibilidade de oferecer as forças de Kiev
Crise na Ucrânia
A notícia da reunião trilateral na capital russa entre os presidentes Vladimir Putin, Angela Merkel e François Hollande aconteceu em paralelo a outro encontro diplomático: John Kerry, secretário de Estado norte-americano, foi a Kiev. Na conversa com autoridades ucranianas o chanceler dos EUA aventou a possibilidade de enviar armas às forças ucranianas, que combatem as milícias pró-Rússia em Donetsk e Lugansk.
Desde o início dos confrontos no leste da Ucrânia em abril passado, mais de 5 mil pessoas foram mortas. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, classificou que, em 2014, a Europa viveu um “ano negro” para sua segurança por causa do “extremismo” nas fronteiras e do comportamento “preocupante” da Rússia na crise ucraniana.