O Ministério do Interior do Equador informou nesta quinta-feira (10/08) que os seis indivíduos capturados nas últimas horas por suspeita de envolvimento com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio são estrangeiros e de nacionalidade colombiana.
Em coletiva conjunta realizada no início da tarde, o Ministro do Interior do Equador, Juan Zapata, e o comandante da Polícia Nacional do Equador, general Fausto Salinas, afirmaram que as seis pessoas detidas eram homens de nacionalidade estrangeira.
Horas depois, em um comunicado por escrito, a Polícia Nacional confirmou que os suspeitos são todos colombianos e atendem pelos nomes de Andrés Manuel Mosquera, José Neider Lopez Hitas, Adey Fernando García, Camilo Andrés Romero, Jules Osmin Castaño Alzate e Jhon Gregore Rodríguez.
As autoridades afirmam que o sétimo participante do atentado – que teria sido o autor dos disparos que atingiram e mataram Villavicencio, e que morreu durante a troca de tiros com os seguranças do político – também é colombiano, mas não revelaram seu nome.
Procuradoria Geral do Equador
Polícia equatoriana prendeu seis suspeitos por seu possível envolvimento com o assassinato de Fernando Villavicencio
A Polícia Nacional do Equador afirma que todos os detidos possuem antecedentes judiciais na Colômbia por diferentes delitos, mas ainda se está investigando sua possível vinculação com grupos narcotraficantes ou com milícias paramilitares.
O comunicado não apresentou qualquer informação que vinculasse os seis detidos pela polícia com a facção “Los Lobos”, que divulgou um vídeo reivindicando a autoria do assassinato. Antes de anunciar a prisão dos seis suspeitos, as autoridades equatorianas confirmaram que a possibilidade de que essa quadrilha seja mesmo a responsável pelo crime era uma das hipóteses que estava sendo investigada, mas não a única.
Morte de Villavicencio
Villavicencio era candidato pelo partido de direita Movimento Construye e foi assassinado com três tiros na cabeça após sair de um evento de campanha realizado na cidade de Quito, capital do país.
Após o assassinato, o presidente equatoriano Guillermo Lasso decretou estado de exceção por dois meses em função do caso. Entretanto, o governo garantiu que as eleições gerais não terão seu calendário afetado. Portanto, o primeiro turno continua marcado para o dia 20 de agosto.