O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, anunciou neste domingo (27/11) a decisão de prolongar em 21 dias o período de quarentena em duas regiões do país, em função do surto de ebola que o país vem sofrendo nos últimos meses.
A medida afetará a dos distritos de Mubende e Kassanda, no centro de Uganda, período que durará ao menos até o dia 17 de dezembro, e ainda está sujeito a uma possível nova prorrogação.
Esta é a terceira vez que Museveni prolonga a quarentena no país, embora desta vez com uma medida mais localizada nas duas regiões que são o epicentro do atual surto de ebola.
O primeiro confinamento começou em 15 de outubro, em quase todas as regiões de Uganda, com previsão para durar 21 dias. Em seguida, uma prorrogação foi decretada em 5 de novembro.
Anna Dubuis / DFID
Equipes médicas que atendem pacientes com ebola em Uganda, com apoio de ONG britânica
Apesar da continuidade das quarentenas, o presidente ugandense afirmou que o plano de combate à doença está sendo bem-sucedido.
O atual surto de ebola explodiu no começo do mês de setembro, e desde então a nação da África Oriental já registrou 141 casos de pessoas infectadas, entre as quais 55 faleceram.
“Pode ser muito cedo para comemorar qualquer sucesso, mas, no geral, fui informado de que as perspectivas são boas, já que conseguimos reduzir a zona de emergência para apenas dois distritos do país”, comentou Museveni em uma entrevista à imprensa local.
O mandatário também pediu para que a população evite espalhar notícias falsas sobre o surto, o que estaria dificultando o trabalho das autoridades sanitárias do país.