Segundo a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, a posição dos Estados Unidos em relação ao ato terrorista no Crocus City Hall é “claramente tendenciosa”.
À agência de notícias Sputnik, Zakharova falou que Washington “está tentando defender a Ucrânia” no caso do ataque à casa de show em Moscou na última sexta-feira (22/03), que deixou 137 mortos segundo o governo russo.
“[Os Estados Unidos] se expuseram a si mesmos. Não apelaram a uma investigação, mas começaram a proteger a Ucrânia do impacto. Seu engajamento e envolvimento nesta história é óbvio”, disse Zakharova.
Segundo observou a diplomata, na ausência do envolvimento de Kiev, as primeiras declarações de Washington deveriam ter sido sobre a necessidade de investigação e apresentação de fatos.
Logo após o ataque, o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que não havia evidências de que a Ucrânia ou seus cidadãos estivessem envolvidos no ataque em Moscou.
Mais tarde, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que “não houve qualquer participação da Ucrânia no ataque ao Crocus City Hall, ponto final”, afirmando repetidamente que não havia “rastro ucraniano” no caso.
Em resposta, Maria Zakharova expressou dúvidas quanto às autoridades de Washington tirarem “conclusões sobre o envolvimento de quem quer que seja no meio de uma tragédia”.
Anteriormente, o chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), Aleksandr Bortnikov, disse que os dados preliminares dos detidos no caso do ataque confirmaram um “rastro ucraniano”, e que os serviços de segurança vão continuar trabalhando nas informações.
(*) Com Sputnik