Atualizada às 15h14

“Você será conectado em breve a um sueco aleatório, em algum lugar da Suécia”, é a mensagem que se ouve ao ligar para +46 771 793 336.  O número foi divulgado na quarta-feira (06/04) pelo Ministério do Turismo da Suécia como parte de uma campanha que incentiva pessoas ao redor do mundo a ligarem para o país.

Os suecos que participam da campanha, chamada “The Swedish Number” (“O número sueco”), baixam um aplicativo específico em seus smartphones que, quando é ativado, recebe ligações — direcionadas aleatoriamente para qualquer um dos “embaixadores”. A intenção é incentivar o turismo para o país, porém o projeto também pretende celebrar os 250 anos desde que a Suécia se tornou a primeira nação a instituir uma lei que proíbe a censura.

A reportagem de Opera Mundi ligou para “o número sueco” e quem atendeu foi Ingrid Petersson, uma funcionária pública de 58 anos que mora em Estocolmo, capital do país.

Durante a conversa, Petersson disse que esta era a segunda chamada que recebia de estrangeiros hoje, mas afirmou já ter recebido várias ligações desde que se inscreveu no projeto. Ela acredita que a campanha é uma oportunidade de não apenas falar sobre a Suécia para o mundo, mas também de conhecer um pouco sobre os países de onde vêm as ligações.

Com relação ao turismo na Suécia, Petersson afirma ser um país de atividades ao ar livre. Segundo ela, no inverno o ideal é aproveitar a neve e, durante o verão ou a primavera, visitar parques e realizar caminhadas. À noite ela sugere conhecer os diversos restaurantes e bares que existem em Estocolmo.

Quanto ao Brasil, Petersson diz ter vontade de conhecer a Amazônia e conta já ter visitado São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília em uma viagem de duas semanas que fez há alguns anos. Comparando o Brasil a seu país, ela disse que a nação sul-americana é “muito mais quente” e ressaltou a desigualdade social, que é “muito maior do que na Suécia”.

Desde que a campanha começou, “o número sueco” já recebeu 18.191 chamadas. O país de onde veio a maior parte das chamadas foram os EUA, com 31% das ligações, seguido por Turquia, Reino Unido, Rússia e Holanda.