No terceiro episódio do HISTÓRIAS DA NOSSA CLASSE, Opera Mundi conversa com João Bosco, um metalúrgico paraibano que chegou no ABC em 1964, o ano do golpe. Dali em diante passou a viver no “chão da fábrica”, trabalhando para a montadora alemã Volkswagen.
Foi neste espaço que, no início dos anos 1970, teve contato com o movimento sindical e concluiu o segundo grau, graças a um supletivo que era oferecido pelas entidades trabalhistas. É nesse momento que desenvolve o gosto por leitura e política.
“Alguns professores tinham inclinações à esquerda, esses me despertavam mais interesse. Queria aprender e ouvi-los. Um dos primeiros livros que li e me chamou muita atenção foi “Torturas”, de Luis Carlos Fon. E tudo o que é narrado no livro me fez ver a importância da militância sindical e política, e entender que estávamos vivendo uma ditadura”, disse João Bosco.
Histórias da Nossa Classe é uma série de entrevistas realizadas em parceria com a Associação Heinrich Plagge pelo jornalista José Igor, na qual as trabalhadoras e os trabalhadores do ABC relatam as perseguições políticas sofridas pelos metalúrgicos durante a ditadura militar brasileira de 1964.
Veja o vídeo:
José Igor/Reprodução
Opera Mundi conversa com o sindicalista e ex-funcionário da Volkswagen João Bosco