O programa 20 MINUTOS com o jornalista Breno Altman desta quinta-feira (15/12) contou com a participação da economista Juliane Furno, que acaba de lançar o livro Imperialismo: uma introdução econômica (editora Da Vinci).
Durante a conversa, Furno e Altman discutiram os aspectos da teoria do imperialismo, quando ela surgiu e suas variáveis. Além também do debate de como um Estado pode ser imperialista.
A economista explicou que o termo imperialismo deve sua origem “uma raiz econômica”, apontando que Karl Marx, por exemplo, “não viu o fenômeno do imperialismo”, mas que previu esse movimento.
“Marx não viu o fenômeno do imperialismo, mas na análise científica de funcionamento do capitalismo, ele já previa, através das leis tendenciais de movimento do capitalismo, a tendência de concentração e de centralização do capital que daria origem econômica e identificação ao imperialismo como fenômeno histórico”, disse.
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A economista Juliane Furno
No programa, Furno debateu que, assim como o capitalismo teve suas fases, o próprio imperialismo “comporta fases”. Para ela, então, uma das fases é a “atual do capitalismo monopolista imperialista, que comporta uma nova fase predominante de acumulação capitalista, de reprodução ampliada do capital que é a financeirização”.
Nesse sentido, ela apontou que essa “forma predominante corresponde a uma forma política que está relacionada com o neoliberalismo”.