O 20 MINUTOS desta quinta-feira (02/02) contou com a presença da atriz e arte educadora Rita Von Hunty para uma entrevista sobre a recente estreia da drag queen nos cinemas brasileiros com o filme Fervo, assim como sobre sua experiência e expectativa para a cultura no governo Lula.
Segundo ela, Fervo é um projeto que foi planejado por dez anos antes de ser executado, mencionando que este prazo foi influenciado pela falta de fomento que a produção audiovisual nacional sofre.
O filme mistura comédia e suspense ao contar a história de uma casa antiga habitada pelos antigos proprietários fantasmas, mas também com questões “nevralgicamente políticas”, como afirmou Von Hunty.
“Em Fervo, meus seguidores não encontrarão a Rita que conhecem”, declara a atriz. Na esteira do trabalho inédito, a atriz gostaria que a persona política de Rita Von Hunty não fosse colocada em risco pela comédia, afirmando que este é um “retrato do retrocesso”.
Rita Von Hunty/Instagram
Atriz e arte educadora Rita Von Hunty é convidada de Breno Altman no 20 MINUTOS desta quinta-feira (02/02)
Por sua vez, mencionando o terceiro governo Lula, iniciado em 1º de janeiro, Von Hunty afirma que a gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) já teve “infinitos acertos e alguns erros”.
“Lula de 2023 é infinitamente diferente do Lula de 2003”, declara abordando o contexto social e histórico do Brasil: “a gente pega um país que teve 700 mil mortes, as quais um número expressivo poderia ter sido evitado. Vemos o povo Yanomami sofrer um genocídio. As imagens que chegam até nós vão deixar uma cicatriz social profunda. Ainda não cicatrizamos a ditadura militar ainda, mas já vivemos o bolsonarismo. Ainda temos muito trabalho pela frente”, concluiu.
Apesar do cenário em que Lula inicia seu terceiro governo, Von Hunty acredita que ele é “o maior líder popular vivo e o último suspiro de uma esquerda que a gente conheceu”.