O jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, recebe o advogado e jurista Antônio Carlos de Almeida Castro, também conhecido como Kakay, no 20 MINUTOS desta quarta-feira (12/04) para falar sobre o Caso Tacla Duran e as possibilidade do senador e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e o deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol serem presos.
O ministro Ricardo Lewandovski, em uma de suas últimas decisões antes de se aposentar no Supremo Tribunal Federal, decidiu manter na máxima corte a apuração sobre suposta tentativa de extorsão contra o advogado Rodrigo Tacla Duran. O caso chegou ao tribunal após menção ao Moro e Dallagnol, como possíveis suspeitos desse eventual crime. Com Lewandovski aposentado, esse caso ficará a cargo por seu sucessor, que deverá ser indicado pelo presidente Lula e aprovado pelo Senado. O favorito ao cargo seria o criminalista Cristiano Zanin Martins, que defendeu o líder petista na Lava Jato.
Questionado por Altman sobre a possível indicação de Zanin para o STF, assumindo o Caso Tacla Duran, Kakay acredita que não h´á problemas éticos ou suspeitos na relação.
“São coisas distintas. No que se diz respeito ao presidente Lula, Zanin pode ser suspeito porque qualquer decisão dele terá uma repercussão enorme. Agora nos demais casos, em relação ao juiz e ao promotor que fatalmente serão investigados em varia linhas, não vejo porque ´´[Zanin] se dar por suspeito”, declara.
Falando especialmente sobre o Caso Tacla Duran, Kakay afirmou que durante todo o tempo que foi juiz, Moro impediu que Tacla Duran fosse ouvido como testemunha. “Eu fui advogado dele, ele me mostrou documentos que são avassaladores. Não quero fazer nenhuma acusação, mas tenho que exigir, como advogado e cidadão, que essas questões sejam passadas a limpo e investigadas. As pessoas indicam o Tacla Duran como testemunha e o Moro não aceitava. Nunca vi isso em 40 anos de advocacia criminal”, afirma.
“Tacla Duran tem o direito de ser ouvido e o Brasil tem direito de saber o que ele quer falar. A investigação tem que se dar. Não estou acusando ou dizendo que ele vai dizer 100% verdade, mas a investigação tem que ser feita”, completa Kakay.
Por fim, questionado por Altman se Bolsonaro pode ir ao banco dos réus pelo ataque à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro, o advogado afirma que depende das provas relacionadas ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Anderson Torres.
“Temos uma investigação em curso que mira no ex-ministro Anderson Torres, que está preso, mas fugiu pros Estados Unidos para se encontrar com o Bolsonaro. Se comprovar que Torres estava sob a coordenação ou em coautoria com Bolsonaro, não tenho nenhuma dúvida que ele será responsabilizado e preso”, finaliza
Instagram/Kakay
Advogado e jurista Kakay é entrevistado de Breno Altman no 20 MINUTOS desta quarta-feira (12/04)