O programa 20 MINUTOS desta terça-feira (14/02) teve como convidada a prestigiada jornalista Heloísa Villela, que tem mais de 30 anos de experiência como correspondente em Nova York, tendo trabalhado para os mais diversos meios de comunicação brasileiros – atualmente, ela colabora com o ICL Notícias.
Na entrevista com Breno Altman, Heloísa falou sobre a recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos, seu encontro com o homólogo Joe Biden na Casa Branca e as perspectivas a respeito da relação entre os dois países nos próximos anos.
Segundo a convidada, “o governo de Joe Biden vê claramente a necessidade de ter no Brasil um aliado, e não deixar que o país se aproxime mais da China”.
“Além de queres manter o Brasil o como um aliado próximo, Biden vê os acontecimentos recentes no país como um eco do que aconteceu antes no Capitólio, e considera sim que esse é um trabalho que precisa ser feito, porque as forças que financiaram e coordenaram esses ataques são as mesmas nos dois países”, analisou a jornalista.
Twitter / Heloísa Villela
Jornalista considera que o Brasil de Lula tem condições de capitanear uma iniciativa de negociação de paz entre Rússia e Ucrânia
A correspondente também falou sobre a repercussão nos Estados Unidos da proposta de Lula de criar um grupo que negocie um acordo de paz, para colocar fim à guerra entre Rússia e Ucrânia.
“A imprensa norte-americana deu pouquíssima repercussão a isso. É uma batalha complicada, convencer os americanos, seja governo seja imprensa, seja população em geral, que outros países têm a capacidade de negociar e conseguir resultados […] mas eu acho que o Brasil tem sim condições de capitanear [essa iniciativa], de criar um grupo dessa envergadura e tentar negociar o fim do conflito com a Rússia e com a Ucrânia”, comentou.
Heloísa também falou sobre o cenário atual da política norte-americana, em um ano de preparação para a disputa eleitoral que acontecerá em 2024, na qual não se sabe ainda se Joe Biden tentará a reeleição, e se Trump terá fôlego para tentar um retorno a Casa Branca, como ele vem prometendo há meses.
“A aprovação do Biden não está tão ruim assim [como dizem as pesquisas] mas as pessoas não querem que ele continue, então é uma equação difícil de responder. Como o Trump perdeu nas eleições de meio de mandato [Legislativas de 2022], porque o eleitor indeciso viu nos candidatos trompistas ao Congresso um radicalismo que eles não querem mais no poder, então eu vejo um caminho difícil para ele voltar à Casa Branca”, considera a correspondente.