No programa 20 MINUTOS desta terça-feira (01/08), o apresentador Breno Altman entrevistou Moisés Selerges, reeleito recentemente para a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e considerado uma das principais lideranças atuais do movimento sindical brasileiro.
O tema do programa foi, justamente, a atualidade e o futuro do movimento sindical no Brasil, além dos desafios que o governo Lula enfrenta na questão do trabalho, depois das reformas trabalhista e previdenciária, promovidas pelos seus antecessores, Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Ao ser perguntado sobre a reforma trabalhista e se era favorável à sua revogação, Selerges disse que não é favorável a “mudar tudo”.
“Algumas coisas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) precisam ser mantidas. Algumas coisas da reforma trabalhista nós somos contra, como essa ideia de ‘trabalho intermitente’, isso está errado. A ideia de que o patrão negocia diretamente com o trabalhador, isso está errado. Mas não sei se o melhor seria revogar. Eu acho que é preciso fazer uma nova reforma a partir da ótica dos trabalhadores”, comentou o líder sindical.
Rede Brasil Atual
O entrevistado também se mostrou favorável à ideia de uma reforma da estrutura sindical no Brasil, como forma de resolver problemas relacionados à organização e ao financiamento dessas entidades.
“Eu sou do Sindicato dos Metalúrgicos, que é um sindicato do setor da indústria. O nosso sonho é que um dia nós possamos constituir um sindicato nacional dos trabalhadores da indústria, que inclua metalúrgicos, químicos, têxteis, indústria de alimentação e outros. Aí sim nós teremos um sindicato mais representativo e mais forte”, enfatizou Moisés.
O líder dos Metalúrgicos do ABC considera que, para enfrentar a necessidade de uma reforma da estrutura sindical, “primeiros nós temos que nos acertar entre nós, do movimento sindical, construir uma proposta que, de fato, beneficie o conjunto dos trabalhadores do nosso país. A partir daí, precisamos tirar a vaidade da frente e ter um compromisso para construir um movimento mais forte e deixar isso para as próximas gerações”.