O programa 20 MINUTOS desta sexta-feira (23/12) teve a participação de José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil durante o primeiro mandato de Lula e líder histórico do PT.
O convidado conversou com o jornalista Breno Altman, fundador do Opera Mundi, sobre as expectativas para o ano de 2023 no que diz respeito ao Brasil, ao governo Lula, os cenários geopolíticos que este enfrentará, além de fazer uma análise de como avançarão as lutas do campo progressista daqui para frente.
Dirceu avalia ser necessário um diagnóstico do próprio presidente eleito e do PT para definir o terceiro mandato de Lula como um “governo de restauração”
“É verdade que restabelecer e garantir os direitos que nós conquistamos depois de 70 anos de luta da classe trabalhadora brasileira, dos democratas, dos progressistas, dos socialistas escritas na Constituição de 88, é um objetivo. Mas acho que o segundo objetivo é restaurar políticas públicas que estavam sendo desmontadas, fora o ataque, a cultura, educação, ciência também na saúde e na educação e reorganizar o aparato do Estado e dar continuidade a sua democratização”, afirma.
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José Dirceu é entrevistado de Breno Altman no programa 20 MINUTOS desta sexta-feira (23/12)
O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores avalia a necessidade de um projeto de país próprio. “Ou nós temos um projeto do país, ou nós vamos fazer um governo para administrar a herança Bolsonaro e superá-la, garantindo a democracia. Acho que nós temos que tentar fazer as duas coisas”, completa.
Dirceu também avalia o atual cenário internacional: “Nós vivemos uma mudança enorme no mundo e precisamos fazer uma releitura, com a transição energética e ambiental, a revolução tecnológica com energia especial. E também essa desestruturação que houve da classe trabalhadora no mundo”.
O entrevistado também aponta para a realidade vivida na América do Sul, com os levantes populares e vitórias políticas para a esquerda, mas identificando a presença da extrema direita na luta pelo poder.