O Comandante-geral das Forças Armadas do Equador, Roque Moreira, anunciou nesta segunda-feira (14/10) que o governo suspendeu o estado de exceção em nível nacional e o toque de recolher em Quito, capital do país, depois que o movimento indígena e o presidente Lenín Moreno chegaram a um acordo.
O toque de recolher foi decretado somente na capital do país no último sábado (12/10) depois das ações repressivas da polícia contra os milhares de manifestantes reunidos nas imediações do centro histórico de Quito.
Desde o último dia 2 de outubro, o país se viu tomado por uma série de protestos contra as medidas econômicas anunciadas pelo governo, que incluíam o fim dos subsídios aos combustíveis – gerando um reajuste de mais de 100%.
Na noite de domingo (13/10), depois de quase cinco horas de negociação, a direção do movimento indígena e o governo de Moreno chegaram a um acordo de revogação do decreto 883, que retirava o subsídio aos combustíveis no país, para ser substituído por outro.
Com o acordo, a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) suspendeu os protestos pelo país. No entanto, os indígenas ainda pedem a demissão dos ministros da Defesa, Oswaldo Jarrín, e de Governo, María Paula Romo, por conta da repressão às manifestações. Moreno, até o momento, não atendeu à exigência.
FFAA/Ecuador
Desde 2 de outubro, Equador se viu tomado por uma série de protestos contra as medidas econômicas anunciadas pelo governo