Terça-feira, 17 de junho de 2025
APOIE
Menu

O presidente do Equador, Lenín Moreno, ordenou neste sábado (12/10) a instauração de um toque de recolher e de um controle militar em Quito e seus arredores. A medida visa conter as manifestações violentas que tomam conta do país há onze dias. A decisão do chefe de Estado foi anunciada logo após o principal movimento indígena equatoriano informar que iria apoiar um diálogo com Moreno.

O toque de recolher entra em vigor às 15h pelo horário local. Segundo informou o próprio presidente pelas redes sociais, o objetivo é facilitar o trabalho da força pública diante dos atos de violência “intoleráveis”.

As manifestações em Quito começaram há 11 dias. Os moradores protestam contra o fim dos subsídios decretado por Moreno, com base em um acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e que elevou os preços dos combustíveis em até 123%.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

A revolta tomou conta das ruas e Moreno teve que transferir a sede do governo da capital Quito para a cidade portuária de Guaiquil.

Decisão do chefe de Estado foi anunciada logo após o principal movimento indígena equatoriano informar que iria apoiar um diálogo com Moreno

Reprodução

Segundo informou o presidente pelas redes sociais, o objetivo é facilitar o trabalho da força pública

Indígenas abertos ao diálogo

O toque de recolher foi decretado apesar de os movimentos indígenas, que também participam dos protestos, terem se mostrado abertos às discussões com o governo. Neste sábado, o grupo anunciou que apoiará o “diálogo direto” proposto pelo presidente, visando a negociar uma saída para a crise.

“Depois de um processo de consulta com as comunidades, organizações, povos, nacionalidades e organizações sociais, decidimos participar do diálogo direto” com o presidente, afirmou a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), em um comunicado.

A organização reconsiderou sua negativa inicial e aceitou um encontro com o chefe de Estado para discutir “a anulação ou a revisão do decreto” sobre as reformas econômicas. Mesmo assim, os indígenas, desta vez liderados pelas mulheres, foram às ruas novamente neste sábado.