O compositor Chico Buarque afirmou nesta quarta-feira (09/10) que o fato de o presidente Jair Bolsonaro não querer assinar o diploma do Prêmio Camões – com o qual foi premiado em meados deste ano – é, na verdade, uma honra.
“Não assinatura do Bolsonaro no diploma é como um segundo Prêmio Camões para mim», disse”, em declarações ao jornalista Ancelmo Góis, de O Globo, as quais Chico reproduziu depois em uma rede social.
Nesta terça (08/10), o presidente disse que assinaria o diploma até “31 de dezembro de 2026”.
Chico foi escolhido vencedor da 31ª edição do Prêmio Camões, considerado o mais importante da língua portuguesa, em maio. Ele é o 13º brasileiro a receber a premiação, mas o primeiro ligado ao universo musical. Portugal tem 12 ganhadores, entre eles José Saramago, em 1995. O moçambicano Mia Couto, que esteve recentemente no Brasil, para falar sobre Guimarães Rosa, ganhou em 2013.
O compositor recebeu o prêmio pelo conjunto da obra. Ele já foi premiado com o Jabuti pelos livros Leite Derramado (2009), Budapeste (2003) e Estorvo (1991). Em 1995, lançou Benjamin e em 2014, O Irmão Alemão. Também escreveu as peças Ópera do Malandro e Gota d´Água, além da “novela pecuária” Fazenda Modelo.
Os outros escritores brasileiros a receber o Camões foram João Cabral de Melo Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Antonio Candido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010), Dalton Trevisan (2012), Alberto da Costa e Silva (2014) e Raduan Nassar (2016).
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