Após percorrer as capitais fluminense e paranaense, o lançamento do livro Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista, de Breno Altman, jornalista e fundador de Opera Mundi, chegou a São Paulo na quarta-feira (13/12). A noite de autógrafos aconteceu no restaurante Al Janiah, um tradicional centro cultural palestino localizado no centro da cidade paulista, onde centenas de pessoas lotaram o espaço ao marcarem presença no evento.
“[O livro] vai rodar o país todo”, afirmou Joana Monteleone, da Editora Alameda, que é responsável pela publicação da obra, que, segundo ela, “disparou” e alcançou milhares de vendas em menos de duas semanas de lançamento.
Ainda de acordo com a editora, a intenção era uma obra que “fosse essencial à discussão atual”.
“[Queremos] um debate que interferisse, que levantasse as pessoas para pensarem sobre o lado palestino. É uma voz dissonante à voz hegemônica que muito fala da posição de Israel. O Breno tem um jeito bastante didático de explicar as coisas e isso se traduz na maneira como ele escreve. É um livro instigante”, explicou Monteleone, destacando que a obra condiz diretamente com os valores da editora, que defende a causa palestina ao longo dos seus 20 anos de existência.
Já o autor do livro, Altman defende que é preciso “desnaturalizar o sionismo”, uma corrente que “nasceu contaminada por uma lógica colonialista e que seu fundador propõe um Estado constituído pela transversalidade racista e supremacista”.
Durante o discurso, o fundador de Opera Mundi levantou tópicos cruciais abordados nas 100 páginas que compõem o livro. Ao lado de Altman, Khaled Barakat, ativista do Samidon (Rede de Solidariedade aos Presos Políticos Palestinos) e do movimento Caminho Alternativo Palestino também contribuiu com o debate, mas de forma remota.
“Resistência é a alternativa que restou para os palestinos contra os ataques incessantes de Israel na Faixa de Gaza”, declarou Barakat ao agradecer a presença das centenas de pessoas reunidas no evento e envolvidas na causa palestina.
Ao final da exposição, Altman lançou um “spoiler” do livro: a única solução estrutural e democrática que seja capaz de salvar as vidas palestinas é ser “contra o sionismo” e lutar pela “eliminação total do regime sionista”.
Opera Mundi
Breno Altman, jornalista e fundador de Opera Mundi, discursa em evento de lançamento do novo livro ‘Contra o Sionismo’
Porto Alegre também receberá lançamento
O sucesso do livro foi comprovado tanto no Rio de Janeiro como em Curitiba. A Editora Alameda foi positivamente surpreendida. As cópias da obra esgotaram rapidamente nos dois eventos anteriores, contabilizando milhares de vendas e rendendo mais demandas por parte do público.
Agora, a próxima parada será em Porto Alegre. O evento está marcado para a próxima quarta-feira (20/12), no Clube de Cultura, na rua Ramiro Barcelos 1853, previsto para iniciar às 19h. O local, que hoje é parte da cultura da cidade, foi escolhido pelo seu teor simbólico e histórico, já que foi idealizado em 1950 por uma entidade de judeus progressistas.
E é justamente nesse espaço que acontecerá, além do lançamento da obra, um debate mediado por Cesar Dorfman, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, com a participação da deputada estadual gaúcha Luciana Genro, fundadora e dirigente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), e da também deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio Grande do Sul, Laura Sito.
Rio de Janeiro e Curitiba
Nesta semana, o primeiro evento ocorreu na segunda-feira (11/12), na icônica Livraria Leonardo da Vinci, no Centro do Rio de Janeiro.
Com mais de 250 pessoas presentes, o público ocupou o espaço já nas primeiras horas da noite do evento. A Editora Alameda informou que “faltaram livros”, acrescentando que tamanho movimento não foi esperado “por estarmos no final do ano”, fato que provou, mais uma vez, a relevância do autor e do tema: “um livro e um debate muito importante”.
Já na terça-feira (12/11), o lançamento foi em Curitiba, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (APPSindicato).
A cerimônia na capital paranaense contou, inclusive, com uma conversa sobre a questão palestina entre Altman e Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal).
Com apoio do Comitê Árabe-Brasileiro de Solidariedade Paraná, do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), da Fepal, do APPSindicato e do mandato do deputado estadual Renato Freitas (PT-PR), o lançamento, mais uma vez, foi um sucesso: espaço 100% lotado e livros esgotados.
Com o fenômeno chamado por Monteleone de “explosão”, a editora receberá nos próximos dias outra leva de cópias para atender todo o público.
“Em janeiro vamos fazer uma outra escala de viagens. Belém, Brasília, Recife e outras cidades que vão abraçar o livro ao longo do próximo ano, em meio ao conflito que está agora em um de seus estágios mais violentos”, adiantou a editora.
Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial' e racista está disponível no site da Editora Alameda, neste link.
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