A pintora, comunista, referência cultural e social do México e símbolo do surrealismo Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907 em uma família de artistas. Ao longo de sua vida, conviveu com uma série de situações desafiadoras: adoeceu com poliomielite ainda criança, tinha uma perna mais curta que a outra, e, em sua juventude, sofreu um grave acidente que a deixou acamada por muito tempo e com diversos ferimentos no corpo.
O sofrimento vivido pela artista aparece em sua obra. Além disso, aparecem também reivindicações do feminismo, a defesa da diversidade indígena e sexual. Segundo a sobrinha-neta de Frida, a fotógrafa Cristina Kahlo, a imagem de sua tia-avó ganhou popularidade porque se tornou uma expressão da “força interior da mulher” e pelo fato de ser, acima de tudo, um trabalho autobiográfico: pelo uso do autorretrato, de cores típicas da arte mexicana.
No México e no exterior, é possível encontrar a pintora em muitos lugares: em pinturas e reproduções, em museus, filmes e folhetos de arte, também em camisetas, bolsas e lembranças turísticas.
O rosto da artista mexicana, com suas características sobrancelhas espessas e suas tranças pretas na cabeça, tornou-se, há anos, um ícone global. Suas pinturas mais famosas, como “As Duas Fridas”, “A Coluna Quebrada”, “Diego em meu Pensamento”, entre outras, têm a própria Frida como protagonista.
Reprodução
Autorretrato, 1941, obra da artista mexicana
Desde os anos de 1920, Frida se envolveu com as lutas populares, tendo se filiado ao Partido Comunista e ao grupo “Los Cachuchas”, que militava em defesa do socialismo.
Frida sempre esteve associada às massas populares. O símbolo da foice e o martelo também aparece em suas obras, pintado em meio a flores coloridas.
Não por acaso, a ascensão de movimentos sociais, como o feminismo mais tarde, contribuiu para a redescoberta da artista. A luta pelos direitos das mulheres descobriu em Frida Kahlo uma bandeira de uma força única. E o fez, tanto por suas representações de uma beleza antes vista como marginal, quanto por uma obra em que a pintora aborda abertamente seu sofrimento, devido aos constantes problemas de saúde e às infidelidades de seu companheiro Diego Rivera.
A obra de Frida Kahlo já tem um lugar muito claro e bem definido dentro da História da Arte mexicana, da mesma forma que sua pessoa é reconhecida mundialmente.
(*) Com TeleSur.