A Venezuela apresentou nesta segunda-feira (20/05) quatro artistas na 58ª edição da Exposição Internacional de Arte na Bienal de Veneza, na Itália. A mostra venezuelana foi intitulada “Metáforas das três janelas”.
Em discurso na abertura da ex´posição, o ministro da Cultura da Venezuela, Ernesto Villegas, afirmou que as sanções econômicas contra o país latino-americano deram “publicidade para o pavilhão” e tem “despertado um interesse inusitado no público que visita a Bienal de Veneza”.
“Podemos ter muitos problemas, mas não nos falta dignidade”, afirmou o ministro. A inauguração contou com apresentações musicais de canções tradicionais venezuelanas e abriu com a frase do escritor Aquiles Nazoa: “Eles têm a luz de suas janelas feitas para outros olhares”.
Os artistas venezuelanos exibiram peças alegóricas e simbólicas do país, com obras inspiradas no petróleo, máscaras, objetos, ritualísticos venezuelanos e colagens têxteis.
A revista italiana Segno, publicação especializada em arte contemporânea internacional, publicou uma carta na qual elogia a Venezuela e afirma que o país “surpreende hoje com grande entusiasmo por uma arte vital e pulsante”.
O texto ressalta que, apesar dos bloqueios econômicos, a exposição criou um “pavilhão formalmente elegante e atraente, sem dúvida uma das melhores das últimas edições”.
“Uma Venezuela que, no entanto, surpreende hoje com grande entusiasmo por uma arte vital e pulsante, apesar do bloqueio econômico, graças às obras dos quatro artistas: Gabriel López, Ricardo Garcia, Nelson Rangel e Natalie Rocha (este último morador na Espanha), que trazem para Veneza as questões do petróleo, ancestralidade, migração, rebelião e anti-imperialismo”, afirma a revista.
De acordo com o ministério da Cultura, a Venezuela participa na bienal desde 1954. Em 1956 foi o primeiro país latino-americano a ter um pavilhão permanente.
*Com teleSur
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Exposição trouxe obras inspiradas no petróleo, máscaras, objetos, rituais venezuelanos e colagens têxteis.