Pode um estudante mudar a escola? É uma dúvida para muita gente, inclusive para os próprios estudantes. A Associação Quero na Escola lançou recentemente um livro que reúne diversas experiências importantes de estudantes de diferentes partes do mundo que lutaram por novos paradigmas na educação.
A obra 21 Histórias de Estudantes que Mudaram a Escola é uma coletânea de casos reais de adolescentes que conseguiram, de alguma forma, transformar sua própria escola e, às vezes, até mesmo o sistema educacional.
São pessoas que desde muito jovens precisaram lutar para ter acesso à educação ou melhorar o ensino que elas e seus colegas recebiam. Há casos mundialmente famosos contidos na obra, como o de Malala Yousafzai, que lutou pelo direito das meninas estudarem, e de Greta Thunberg, que se tornou a maior voz contra o aquecimento global ao escolher faltar às aulas.
“A escola parece, para os alunos, um sistema estático, com regras que só os adultos podem mexer. As 21 narrativas do livro mostram que na verdade é bem diferente: os alunos têm sim grande poder e quando o usam mobilizam muito mais”, diz a jornalista Cinthia Rodrigues, uma das autoras da obra.
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‘A escola parece um sistema estático, mas as narrativas do livro mostram que os alunos têm grande poder’, diz autora da obra
Outra autora do livro é a também jornalista Luciana Alvarez, que afirma que “reunir histórias de conquistas educacionais promovidas pelos adolescentes – e não pelos governos, estudiosos ou professores – colabora para o grande esforço da atualidade de colocar os alunos no centro do processo de ensino-aprendizagem. Queremos que essa centralidade seja plena”.
Rodrigues e Alvarez são cofundadoras da Associação Quero na Escola, organização sem fins lucrativos criada em 2015 que trabalha com demandas dos estudantes por aprendizado além do currículo obrigatório, fomentando o debate na sociedade sobre essa necessidade e atendendo solicitações dentro das escolas públicas
O livro 21 Histórias de Estudantes que Mudaram a Escola está em campanha de financiamento coletivo e todos os valores arrecadados serão usados para financiar o trabalho da Associação Quero na Escola.