O economista de extrema direita Javier Milei foi eleito o novo presidente da Argentina, ao vencer o segundo turno das eleições presidenciais, realizado neste domingo (19/11).
Com 89% das urnas apuradas, o representante do partido ultraliberal A Liberdade Avança tinha 55,9% dos votos válidos, superando em mais de 11 pontos percentuais o seu adversário, o peronista Sergio Massa, atual ministro da Economia e candidato pela coalizão governista União pela Pátria, que teria reunido 44,1%.
Por volta das 20h15, antes do primeiro anúncio de resultados oficiais, o candidato peronista reconheceu a derrota e disse que ligou para Milei e o felicitou pela vitória.
O resultado representa uma nova reviravolta nas eleições do país vizinho. Milei havia sido o vencedor nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (PASO), realizada em 13 de agosto, com 29,9% dos votos, contra 21,4% de Massa.
A Liberdade Avança
Milei será o presidente da Argentina a partir do dia 10 de dezembro
Porém, no primeiro turno, em 22 de outubro, houve uma virada a favor do candidato peronista, que obteve 36,8% dos votos, enquanto Milei ficou com os mesmos 29,9% das PASO. Nesta votação decisiva, o candidato da direita voltou a se impor.
A vitória transforma Milei em presidente eleito da Argentina. Ele assumirá o poder no dia 10 de dezembro, substituindo o atual mandatário, Alberto Fernández, aliado de Massa.
Com Milei na Presidência da Argentina, o futuro das relações do Brasil com o país vizinho entra em xeque. Em diversas oportunidades durante a campanha, o candidato de extrema direita disse que seu eventual governo cortaria relações com presidentes que ele considerava “comunistas”, e citava abertamente ao brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva como um desses “comunistas”.
Outro exemplo muito utilizado por Milei foi o do presidente chinês Xi Jinping. Vale destacar que China e Brasil são, nessa ordem, os dois mais importantes parceiros comerciais da Argentina na atualidade.