Bolívia: Movimento ao Socialismo lança campanha à presidência do país

Acontece neste domingo (06/09) o lançamento da campanha à presidência da Bolívia pelo partido do ex-presidente Evo Morales, Movimento ao Socialismo (MAS), liderada por Luis Arce Catacora e David Choquehuanca, como vice-presidente.

“Hoje iniciamos o caminho para a recuperação da estabilidade, esperança e felicidade”, disse Choquehuanca. Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o evento será transmitido de modo virtual pelo Facebook, a partir das 20h (horário de Brasília).

“Esta noite lançamos a campanha nacional e internacional do MAS-IPSP, o maior movimento político da história da Bolívia. Convidamos você a participar de suas redes sociais para apoiar Luis Arce e David Choquehuanca, o binômio da cidade vencedora”, afirmou Morales em seu Twitter.

Lanzamos esta noche la campaña nacional e internacional del MAS-IPSP, movimiento político más grande de la historia de #Bolivia. Les invitamos a sumarse desde sus redes sociales para apoyar a @LuchoXBolivia y @LaramaDavid, el binomio del pueblo ganador. pic.twitter.com/puMYabUtDo

— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) September 6, 2020

A chapa foi escolhida em janeiro de 2020, quando Morales anunciou que os candidatos representam uma “combinação entre companheiros da cidade e companheiros do campo”. Arce, de 56 anos, é ex-ministro da Economia no governo Morales e foi um dos responsáveis pela estabilidade econômica boliviana. Choquehuanca, de 58 anos, por sua vez, foi ministro das Relações Exteriores entre 2006 e 2017.

Após indicar os candidatos, o ex-mandatário disse que alguns setores sociais não estavam de acordo com a decisão da chapa Arce e Choquehuanca, mas Morales destacou que a indicação foi pensada para garantir e melhorar o setor econômico da Bolívia e afirmou que o candidato à presidência é “um irmão de muito compromisso, que está aqui pela pátria e não pelo dinheiro”. 

As eleições presidenciais bolivianas estavam previstas para acontecer, inicialmente, no dia 3 de maio. No entanto, foram suspensas pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) após a autoproclama presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, decretar quarentena devido à pandemia do novo coronavírus na Bolívia em março. Outras duas datas foram anunciadas: no começo de agosto, depois para 6 de setembro e, agora, para 18 de outubro.

Áñez se autoproclamou após o golpe de Estado que derrubou Morales, que havia sido reeleito em outubro de 2019 para um novo mandato. A oposição disse que a contagem dos votos havia sido fraudada, o que se mostrou, posteriormente, ser inverídico.