Milhares de mulheres marcharam nesta quarta-feira (06/11) em Cochabamba, região central de Bolívia, em rechaço aos ataques de ódio e racismo que grupos da oposição têm realizado.
As mulheres que compuseram a manifestação vieram de 16 províncias do país e iniciaram a caminhada no centro até a praça 14 de Setembro com cartazes e bandeiras rechaçando a discriminação que vem acontecendo na Bolívia.
“Viemos voluntariamente para rechaçar a discriminação, o racismo e a violência contra as mulheres. Viemos dizer basta”, afirmou a secretária executiva da Confederação das Mulheres Campesinas da Bolívia Bartolina Sisa, Segundina Flores.
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Segundo a emissora Abya Yala Televisíon, a marcha teve aproximadamente 200 mil mulheres em Cochamba. Sadie Romero, líder camponesa, afirmou que o protesto das bolivianas também foi em defesa da democracia no país e para demonstrar o respeito das mulheres do campo ao resultado das eleições presidenciais do último 20 de outubro, que reelegeu Evo Morales com 47,08% dos votos.
ABI
Segundo a emissora Abya Yala Televisíon, marcha reuniu aproximadamente 200 mil mulheres em Cochamba
“Também queremos dizer ao candidato da Comunidade do Cidadã, Carlos Mesa, que ele não tem moral para dizer que ganhou, porque perdeu nas urnas. Isso aconteceu de maneira concreta”, afirmou.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que a luta das mulheres indígenas continua para superar novos atos de racismo que estão sendo registrados em manifestações da oposição.
“Assim como hoje, em 1994, a irmã Rigoberta Menchú Tum, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, afirmou, em Santa Cruz, que as mulheres indígenas sejam ouvidas em reuniões internacionais para definir políticas públicas. Essa luta continua a superar novos atos de racismo contra a mulher de saia”, disse pelo Twitter.
(*) Com ABI e teleSur