Faleceu nesta sexta-feira (10/02) o cineasta espanhol Carlos Saura, um dos maiores nomes da sétima arte em seu país.
O diretor tinha 91 anos e não resistiu a um problema respiratório que o afetou subitamente nos últimos dias – até o momento, a imprensa espanhola não informou detalhes sobre que problema respiratório teria causado a morte.
Saura foi um dos grandes diretores do cinema espanhol na segunda metade do Século XX. Realizou 51 filmes durante seus 67 anos de carreira. O último deles, Las Paredes Hablan, foi lançando exatamente há uma semana.
A longa filmografia do artista espanhol inclui diversos clássicos, incluindo A Caça, de 1965, seu primeiro grande sucesso, pelo qual ele recebeu o Urso de Prata do Festival de Berlim.
Também se destacam em sua obra filmes como Cría Cuervos (1975), Mamá Cumple Cien Años (1979), Deprisa, Deprisa (1980), Carmen (1983), Ay, Carmela! (1990), Taxi (1996), Tango (1998) e outros.
Wikimedia Commons
Carlos Saura realizou 51 filmes em 67 anos de carreira, e colecionou diversos prêmios internacionais por sua obra
Boa parte dos filmes de Saura se destaca pela forma como retratou a Guerra Civil Espanhola e suas consequências para o país. O cineasta nasceu em 1932, quatro anos antes do início do conflito armado, e acompanhou todo o período da ditadura do general Francisco Franco, entre 1938 e 1973.
A morte de Saura também causou comoção pelo fato de que o cineasta iria receber neste sábado (11/02) o Goya de Honra.
Os Prêmios Goya são os mais importantes do cinema espanhol e a organização do evento esperava realizar uma homenagem especial que culminaria com a entrega do prêmio pela sua trajetória.