O cineasta italiano Franco Zeffirelli morreu neste sábado (15/06), em sua casa, em Roma, aos 96 anos. O artista faleceu por volta das 12h (horário local) em decorrência “de uma longa doença que se agravou nos últimos meses”, informou a família do diretor.
Segundo comunicado, Zeffirelli estava acompanhado por seus dois filhos adotivos, Pippo e Luciano, um médico e o padre da igreja de San Tarcisio quando faleceu.
Uma cerimônia fúnebre será realizada no Campidoglio, no centro da capital italiana. Em seguida, o corpo será sepultado no cemitério monumental de Porte Sante em Florença, cidade onde o artista nasceu em 12 de fevereiro de 1923.
“Eu nunca quis que esse dia chegasse. Franco Zeffirelli morreu esta manhã. Um dos maiores homens da cultura mundial. Nós nos juntamos à dor de seus entes queridos. Adeus, querido Mestre, Florença nunca vai esquecer você”, lamentou o prefeito da cidade, Dario Nardella, no Twitter.
O cineasta italiano foi fruto de um caso extraconjugal entre sua mãe, que era costureira e casada com um advogado, e um cliente vendedor de tecidos. De acordo com a imprensa italiana, por não poder batizá-lo com o sobrenome do marido ou do amante, sua mãe escolheu seu nome ao ouvir uma ópera de Mozart.
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Franco Zeffirelli morreu aos 96 anos, cineasta ficou conhecido por dirigir o clássico Romeu e Julieta.
Zeffitelli alcançou a fama internacional ao dirigir clássicos como “La Traviata”, Romeu e Julieta (1968) e “Jesus de Nazaré”.
Em 2018, um ator norte-americano o acusou de abuso sexual. Segundo Johnathon Schaech, o diretor o molestou em 1993, durante as gravações do filme “Storia di una capinera”. Na ocasião, no entanto, a família do cineasta, que já estava com a saúde debilitada, negou a acusação em um comunicado.
Zeffirelli é um dos cineastas mais famosos da Itália e autor da mais célebre versão para o cinema do clássico “Romeu e Julieta”, de William Shakeaspeare.
Homossexual, foi eleito duas vezes senador em Catânia pelo partido de direita Forza Italia, partido que representou de 1996 a 2001, e um dos poucos artistas que apoiaram publicamente o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
(*) Com Ansa.