A França perdeu um de seus maiores atores. Jean-Paul Belmondo morreu, em Paris, nesta segunda-feira (06/09), aos 88 anos. A informação foi divulgada pelo seu advogado à agência AFP. A causa da morte ainda não foi revelada.
Ao longo de mais de meio século de carreira, Bébel, como era conhecido pelos amigos, foi também produtor e estrela de teatro. Em 2011, ele recebeu a Palma de Honra do Festival de Cannes. E em 2017, foi homenageado na cerimônia do Cesar, principal prêmio do cinema francês.
Nos anos 60, ele se tornou uma das figuras favoritas da Nouvelle Vague do cinema. Um de seus maiores sucessos, “O Homem do Rio”, de 1964, teve parte da produção rodada no Brasil, para onde o personagem viajou para resgatar a namorada, sequestrada e levada para a Amazônia.
Ele apareceu em filmes de ação nas décadas de 1970 e 1980 e dirigiu ele mesmo as acrobacias e dispensou o dublê. No início dos anos 70, o ator fundou sua produtora, a Cerito Filmes.
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Belmondo, em 1971: ator morreu nesta segunda (06/09), aos 88 anos
Em meados da década de 1980, Belmondo deixou os papéis de policial para se reconectar com a comédia em “Happy Easter”, de Georges Lautner e Hold-up de Alexandre Arcady.
Em 1987, “The Solitary” é o último filme de detetive em que ele trabalha. No mesmo ano, ele voltou ao teatro, estrelado por Kean, dirigido por Robert Hossein. Em fevereiro de 1989, pela primeira vez na carreira, recebeu o César de Melhor Ator por “Itinerário de uma Criança Mimada”, de Claude Lelouch.
Belmondo foi casado com a dançarina Élodie Constantin, com quem teve três filhos. Em 1989, ele conheceu Natty Tardivel, se casou em dezembro de 2002 e teve uma filha, em agosto de 2003. Depois de vinte anos juntos, o casal se divorciou em 2008.