Fabíola Yañez, ex-primeira-dama da Argentina, denunciou nesta terça-feira (06/08) Alberto Fernández, que atuou como mandatário do país de 2019 a 2023, por violência doméstica e mental.
A atriz e jornalista casou-se com o ex-líder progressista em 2014 e foi primeira-dama da Argentina de 2019 a 2023, durante o governo de Fernández.
Segundo o relato às autoridades, Yañez sofreu agressões quando o casal vivia na Quinta de Olivos, a casa oficial da Presidência do país.
De acordo com o jornal argentino Clarín, Yañez enviou fotos à secretária do ex-presidente María Cantero, as quais a mostram com inchaço no maxilar e no olho, entre outros ferimentos.
Além disso, Yañez também teria sido agredida durante a gravidez do filho Francisco, que nasceu em abril de 2022.
Inicialmente, Yañez havia decidido não denunciar o ex-parceiro, mas mudou de ideia na segunda audiência, acusando Fernández de “terrorismo psicológico” e “assédio telefônico”.
A denúncia foi feita ao juiz federal Julián Ercolini durante audiência realizada de forma remota, por meio do aplicativo Zoom. O Escritório de Violência de Gênero da Suprema Corte de Justiça da Argentina está envolvido nas investigações de evidências contra o ex-presidente.
Logo após a acusação, Ercolini determinou medidas judiciais de proteção à vítima, que atualmente reside na Espanha com o filho de dois anos do casal.
Entre as medidas protetivas, Fernández está impedido de aproximar-se de Yañez, além de sofrer restrições de contato com ela. O ex-mandatário também está impedido de deixar o país enquanto correm as investigações.
O advogado de Yañez, Juan Pablo Fioribello, afirmou que Fernández negou as acusações de violência física, alegando nunca ter agredido uma mulher. Por meio das redes sociais, o ex-presidente também negou ter cometido qualquer ato de violência contra sua ex-mulher.
Comunicado. pic.twitter.com/pfAdB48z7f
— Alberto Fernández (@alferdez) August 6, 2024
Ao jornal argentino La Nación, Fernández também negou as acusações, as quais qualifica como “falsas”. “Provarei tudo perante a Justiça”, declarou.
A defesa do ex-presidente argentino reiterou a negação de violência física, afirmando que os dois tiveram apenas “discussões de casal”.
(*) Com Ansa, Brasil247 e Revista Fórum